DA EXPERIÊNCIA À TEORIA, DA TEORIA À EXPERIÊNCIA: UM RELATO SOBRE DIVERSIDADE A PARTIR DA ESCOLA
Palavras-chave:
Formação de Professores, Interculturalidade, diversidade , Relato de ExperiênciaResumo
Ser professor/a, no Brasil, incide em saber como foi pensada e como se constitui esta profissão. Compreendo que ser professor/a (a docência) é uma profissão distinta: é um trabalho de alteridade, empatia, pois é uma profissão profundamente humanista (Freire, 1967), em que nós temos de conviver com o outro. Isso, naturalmente, é uma dificuldade além do que podemos imaginar, uma vez que o diferente nos é estranho, alheio e, é claro, exterior a nós. Nesse sentido, este texto é um relato de experiência que partiu da seguinte indagação: como o professor pode pensar o outro de modo a facilitar as interações entre estudantes, principalmente daqueles advindos de processos migratórios? Este pensar, a que me refiro, não se trata de pensamentos soltos e somente informativos, mas de um pensar teorético, a partir de uma dada situação ou fenômeno educativo com que entramos em contato. Logo, originando-se da pergunta em questão, anteriormente mencionada, este estudo pretende discutir o papel da teoria na formação de professores, partindo do relato de minhas experiências com alunos imigrantes (latino-americanos) do segundo ano do Ensino Fundamental I, à luz da interculturalidade. A língua e a cultura, tal como minhas impressões e percepções enquanto professor, são os alicerces que utilizarei para discutir a temática intencionada, utilizando autores como Nóvoa (2017), bell hooks (2013) e Larrosa (2015), Walsh (2005; 2009), entre outros mais. Indicamos que a experiência é o que dá gênese à teoria, no sentido aqui adotado, que é essencial para o fazer pedagógico.