EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA: ENTRE O SILENCIAMENTO E O POTENCIAL EMANCIPATÓRIO NO CONTEXTO CAPITALISTA
Palavras-chave:
Educação sexual, Capitalismo, Educação crítica, Sexualidade, SilenciamentoResumo
Esse resumo propõe uma reflexão crítica sobre a educação sexual e o silenciamento dessa temática nas escolas públicas brasileiras, analisando suas raízes estruturais no contexto capitalista e suas implicações para a formação docente. A ausência da educação sexual e a crítica sobre sexualidade no currículo escolar são evidenciados não apenas nas reproduções dos tabus Marais e religiosos, mas também nas relações de poder e controle social A pesquisa parte do pressuposto de que o silêncio em torno da sexualidade não é neutro, mas sim uma construção histórica e ideológica sustentada por estruturas conservadoras que favorecem a alienação e a negação dos direitos sexuais e reprodutivos, o qual tem se evidenciado maior repercussão negativa nos últimos anos devido aos embates políticos. Através de revisão bibliográfica fundamentada em autores como Paulo Freire, Michel Foucault, Bonfim e outros pensadores críticos da educação e da sexualidade, o estudo investiga como a ambiente escolar, enquanto espaço de formação humana, pode tanto reproduzir quanto resistir a essa lógica excludente. Além disso, a pesquisa dialoga com documentos oficiais, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para identificar os limites e as possibilidades de uma educação sexual emancipatória. Defende-se, assim, uma abordagem que vá além da perspectiva higienista ou biológica, considerando os aspectos sociais, culturais e políticos da sexualidade. Por fim, destaca-se a necessidade urgente de investimento na formação inicial e continuada de professores, de modo que estejam preparados para enfrentar os desafios dessa temática, com sensibilidade, embasamento teórico e compromisso com a transformação social.