RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO POR MEIO DA PRÁXIS PARA A FORMAÇÃO INTEGRAL DO ESTUDANTE DE PEDAGOGIA

  • Caren Taiane de Souza Correa Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Camila de Souza Araujo
  • Leidiani da Silva Reis

Resumo

O presente estudo visa analisar a importância das práticas educativas na Residência Pedagógica (RP) para a formação integral do estudante de pedagogia, situando a práxis como elemento fundamental na atuação docente, bem como a defesa de uma formação contínua para todos os servidores educacionais, para que de fato ocorra uma inclusão efetiva nas escolas não só dos alunos, mas também de toda a comunidade escolar, para que se torne mais participativa e atuante no que se refere à qualidade educacional das crianças. 

A metodologia utilizada neste trabalho é de base qualitativa de cunho bibliográfico, embasada nas atuações práticas do Programa de Residência Pedagógica projetado pela Universidade Federal Da Fronteira Sul, campus Laranjeiras do Sul. Primeiramente foi feita uma análise das observações, planejamentos e atuações realizadas para verificação da problemática em questão. Em seguida, foi realizado um levantamento dos documentos legais que regem o ensino fundamental, anos iniciais e do arcabouço teórico que norteiam a discussão geral do trabalho. “A pesquisa bibliográfica se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando um conhecimento disponível a partir das teorias em livros ou obras congêneres”. Então, a pesquisa bibliográfica tem o intuito de auxiliar o pesquisador a compreender melhor a temática da pesquisa que se pretende realizar (Köche 1997, p. 122). A problemática do trabalho se deu por meio das limitações de atuação presente dentro da instituição de ensino, que acontece por incidência do engessamento dos professores, ocasionado pelo controle do sistema educacional que prega a autonomia, mas controla o conteúdo e o material usado em sala de aula e isso acaba afetando também os projetos e programas de formação docente atuantes nessas instituições. 

Em suma, as observações e atuações práticas realizadas na instituição mostraram uma limitação advinda de uma hierarquia educacional, que deixa a escola refém de metas a serem alcançadas, como por exemplo a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Essa preocupação em alcançar os objetivos impostos pela Secretarias de Educação limitam as inúmeras possibilidades de ações inclusivas diferenciadas que poderiam ser trabalhadas na prática. A inclusão dos alunos vai muito além das especificidades quantitativa relacionadas ao conteúdo sistematizado, ela pode ser trabalhada discretamente em todos os aspectos educacionais, desde a chegada dos alunos, até o momento da saída, sem que haja uma pressão coercitiva para que o objetivo final se revele no imediato. A inclusão está na didática do professor, está no bom dia aos pais na porta da escola, na boa relação com os colegas de trabalho, na ludicidade em sala de aula, na representatividade e muitos outros momentos que passam despercebidos, e somente a formação contínua dos profissionais da educação pode transparecer esses pontos específicos, bem como fundamentar a visão crítica e o posicionamento combativo as políticas das amarras que limitam e condicionam o papel transformador da educação.

Publicado
10-02-2024