FALSAS ETIMOLOGIAS E O CANCELAMENTO DE PALAVRAS NA LÍNGUA PORTUGUESA
Resumo
Este artigo tem como objetivo elucidar o conceito e exemplificar as falsas etimologias que permeiam nossa sociedade, bem como sua utilização como argumento para o cancelamento de palavras com viés político e ideológico, que por vezes se infiltram até mesmo em meios acadêmicos. O objetivo é demonstrar que tais ocorrências sempre existiram culturalmente, entretanto, atualmente, essas execuções e manipulações linguísticas têm servido como ferramentas para introduzir conceitos ideológicos e políticos, tornando-se necessário um conhecimento fundamentado para combater não apenas o fenômeno do cancelamento, mas também o cancelamento de palavras. Através da consulta a dicionários etimológicos e registros literários, busca-se compreender, de uma perspectiva diacrônica, a verdadeira etimologia das palavras em seus contextos históricos, e analisar sincronicamente como essas expressões foram erroneamente reinterpretadas em nossa sociedade. Ao investigar as origens e o uso histórico de 3 palavras em especial foi possível desvendar as complexidades de seus significados e elucidar os equívocos perpetrados pelas falsas etimologias. Além disso, este artigo examina criticamente o fenômeno do cancelamento de palavras e suas implicações na sociedade brasileira. Ao destacar as formas como a linguagem é manipulada e controlada, podemos discernir as motivações ideológicas por trás da remoção seletiva de palavras do discurso. Compreender o contexto histórico e as motivações por trás desses cancelamentos é fundamental para promover o diálogo aberto e preservar a diversidade linguística e a liberdade de expressão.