Distribuição geográfica da dengue no Brasil (2020-2024)

Autores

  • Adriano Franceschi Unochapecó
  • Eduardo Marschal Schabarum Unochapecó
  • Brenda Dalla Costa Rossato Unochapecó
  • Alana Ames Unochapecó
  • Fernanda Emanuela Dorneles Unochapecó
  • Marcelo Monteiro Unochapecó
  • Junir Antonio Lutinski Unochapecó
  • Maria Assunta Busato Unochapecó

Palavras-chave:

Arboviroses, epidemiologia e bioestatística;, infecções, meio ambiente e saúde pública.

Resumo

Introdução: a dengue é uma das arboviroses mais significativas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (Linnaeus, 1762), sendo considerada a principal arbovirose de impacto para a saúde pública na América Latina. No contexto brasileiro, caracterizado por sua extensão territorial e marcante heterogeneidade socioambiental, a dengue apresenta padrões de manifestação distintos entre as regiões. O país tem registrado surtos epidêmicos recorrentes nos anos de 1998, 2002, 2008, 2010, 2016 e 2019, seguidos por um expressivo aumento na incidência a partir de 2020. Essa trajetória reflete uma tendência global, na qual, ao longo dos últimos 40 anos, a dengue consolidou-se como um relevante problema de saúde pública não apenas no Brasil, mas em diversos países, considerando que cerca de metade da população mundial encontra-se em risco de contrair a doença. Objetivo: analisar a distribuição geográfica da dengue no Brasil, durante o período de 2020 a 2024. Metodologia: esse estudo é do tipo epidemiológico, observacional e descritivo, abrangendo as cinco macrorregiões geográficas do Brasil. Os dados foram obtidos no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações referem-se ao período de 2020 a 2024, contemplando o número de casos prováveis de dengue e a população residente em cada região. Foi calculada a incidência da doença por 100.000 habitantes, possibilitando a comparação entre as diferentes regiões do país. Resultados e Discussão: no Brasil, foram notificados 10.840.509 casos de dengue entre os anos de 2020 a 2024. O ano de 2024 apresentou o maior número de registros, totalizando 6.453.004 casos; 2023, com 1.508.653 casos e 2022, com 1.394.532 casos. Em 2020, foram notificados 952.509 casos, enquanto o ano de 2021 registrou o menor número do período, com 531.811 casos. A região Norte registrou um total de 206.444 casos ao longo de cinco anos, com o maior número registrado em 2024 (Incidência: 458/ 100 mil hab.). No Nordeste, foram contabilizados 979.880 casos, sendo 2022 o ano com o maior incidência (589 / 100 mil hab.). O Sudeste somou 5.886.024 casos, com o pico ocorrendo em 2024 (3.589/ 100 mil hab.). A região Sul acumulou 2.255.701 casos, com o maior índice também em 2024 (3.898/ 100 mil hab.). Já o Centro-Oeste totalizou 1.512.460 casos, com destaque para 2024 (3.920/ 100 mil hab.). A dengue apresentou, no ano de 2024, o maior número absoluto de casos para todas as cinco regiões durante o período avaliado, com evolução mais pronunciada no número de casos nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Considerações finais: o estudo evidenciou uma sequência de aumentos sucessivos de casos de dengue no Brasil no período de 2020 a 2024. A região Sudeste destacou-se por apresentar o maior número absoluto de casos, enquanto as regiões Sul e Centro-Oeste registraram as maiores taxas de incidência no ano de 2024. A região Norte apresentou uma trajetória de crescimento contínuo ao longo do período analisado. Por sua vez, o Nordeste atingiu o maior número de casos em 2022, contrastando com as demais regiões, que mantiveram aumentos sucessivos nos registros. Os resultados obtidos possibilitaram a caracterização dos padrões geográficos da dengue no país, reforçando a necessidade de intensificação das medidas preventivas e do aperfeiçoamento de metodologias voltadas ao controle e à vigilância da doença.

Biografia do Autor

  • Eduardo Marschal Schabarum, Unochapecó

    Estudante do Curso de Ciências Biológicas 

  • Brenda Dalla Costa Rossato, Unochapecó

    Estudante do curso de Biomedicina.

  • Alana Ames, Unochapecó

    Estudante do curso de Biomedicina. 

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Publicado

20-07-2025

Edição

Seção

ET 3 - Território, Ambiente e Saúde