ESTÁGIO NÃO-FORMAL: UMA PROPOSTA DE EXPERIMENTAÇÃO NOS ANOS INICIAIS

  • Jonathan Grützmann Fin UFFS
  • Fabiane de Andrade Leite
  • Judite Scherer Wenzel
Palavras-chave: Atividades Investigativas, Práticas Pedagógicas, Ensino de Ciências

Resumo

 O trabalho contempla um relato de experiência acerca de uma prática de estágio não-formal, em um contexto de uma escola da rede privada de ensino básico, por meio do desenvolvimento de um projeto intitulado “Pequenos Cientistas” que contemplou estudantes dos Anos Iniciais (4º e 5º ano), no contraturno às aulas regulares. O objetivo do projeto consistiu em proporcionar aos estudantes uma maior compreensão acerca da Ciência, seus conceitos e aplicações no cotidiano, por meio da experimentação. Com Bender, Joras, Candito e Schetinger (2020) compreendemos que a experimentação auxilia no processo de motivar os estudantes, além de aproximar a teoria da prática nos processos de ensino e aprendizagem, possibilitando a compreensão do conteúdo. A metodologia consistiu em uma abordagem qualitativa (LUDKE; ANDRÉ, 2018) que contemplou o acompanhamento e desenvolvimento de aulas práticas, com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Realizamos cinco encontros e, cada encontro era organizado com base em temáticas, que consistiram: 1) Separação de Misturas; 2) Descobrindo a Densidade; 3) Reações Químicas; 4) Cromatografia em Papel; e 5) Aposta da Tensão Superficial e Hidrogel. Tais temáticas abordadas por meio da experimentação, permitiram contextualizar conceitos científicos como filtração; cromatografia; separação magnética; extração; densidade; massa; volume; temperatura; pressão; polímeros; dentre outros conceitos. A experiência e a realização de atividades práticas junto aos estudantes dos anos iniciais possibilitou à eles uma aproximação com a Ciência como forma de iniciá-los no conhecimento científico. Ao utilizar a experimentação como instrumento pedagógico foi possível instigar o interesse dos estudantes na Ciência, pois esta, por vezes é abordada de forma muito abstrata no contexto dos anos iniciais. Nesse contexto, o desenvolvimento de atividades experimentais, possibilitam uma maior compreensão por parte dos estudantes, uma vez que aproximando os conceitos científicos  com o conhecimentos cotidianos, por meio da experimentação, possibilita ao sujeito assimilar informações e compreender os fenômenos da natureza pelo viés científico. Além disso, com a experimentação foi possível dar autonomia aos estudantes, para realizarem as práticas e investigarem as mesmas e, por meio dessas interações, tanto com a prática como com os colegas e o professor, foi possível potencializar o conhecimento científico. Nessa perspectiva, compreendemos com Silva, Oliveira e Queiroz (2011) que as atividades experimentais investigativas podem envolver o estudante com problemas reais, possibilitando que ele desenvolva habilidades para o exercício de cidadania e a tomada de decisões. Assim, destaco a importância da inserção de instrumentos e práticas pedagógicas que propiciem o interesse dos estudantes no conhecimento científico, em um movimento de motivar os estudantes. Nesse ínterim, ressaltamos a importância de desenvolver espaços de formação continuada, a fim de capacitar professores que atuam nos anos iniciais a desenvolverem atividades que envolvam a experimentação, como forma de melhorar e potencializar o ensino nesse contexto.

Publicado
23-10-2023