CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL, CAMPUS CHAPEC

  • Andressa Janaina Mendes Messias UFFS Chapecó
  • André Felipe Costella
  • Christie Klussner Rosa
  • Julia Canci
  • Jane Kelly Oliveira Friestino
  • Graciela Soares Fonsêca

Abstract

Introdução: A formação médica vem sendo discutida e modificada ao longo dos últimos anos. No bojo dessas transformações, a ampliação do acesso e a interiorização do ensino superior aparecem como fundamentais no sentido de oferecer respostas para as desigualdades na distribuição dos médicos pelo território brasileiro e dinamizar o perfil desses profissionais. Objetivo: Caracterizar os estudantes de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó. Metodologia: Trata-se de estudo quantitativo exploratório, transversal, desenvolvido a partir de dados secundários disponibilizados pela Secretaria Acadêmica do campus Chapecó. Os dados referem-se a estudantes das três primeiras turmas do curso de medicina do campus Chapecó, sendo estes fornecidos pelos estudantes no momento da matrícula na UFFS. A coleta de dados foi feita no mês de abril de 2018 e as variáveis incluídas no estudo foram: sexo, faixa-etária, raça autodeclarada, realização do ensino médio em escola pública, ano de conclusão do ensino médio e onde cursou o ensino médio e renda. Os dados foram organizados em planilha do Microsoft Office Excel (2010) e analisados por estatística descritiva. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFFS, campus Chapecó, por meio do parecer 2.532.137, de 2018. Resultados e Discussão: Foram identificados 115 estudantes nos registros da Secretaria Acadêmica (n=115). A proporção entre homens e mulheres foi próxima, sendo 58 (50,43%) homens e 57 (49,57%) mulheres. Quanto à faixa etária, 04 (3,48%) ficaram entre 18 e 19 anos, 96 (83,48%) entre 20 e 29 anos e 15 (13,04%) entre 30 a 40 anos. Em relação a autodeclaração da raça, 01 (0,87%) classificou-se como amarelo, 93 (80,87%) como branco, 01 (0,87%) como indígena, 18 (15,65%) como pardo e 02 (1,74%) não declararam raça. Ainda, 98 (85,22%) cursaram o ensino médio em escola pública e 17 (14,88%) em escola particular. Concluíram o ensino médio entre 1997 e 1999, 02 (1,74%) estudantes, entre 2000 e 2009, 18 (15,65%)  e entre 2010 e 2017, 95 (82,61%). Também, 26 (22,61%) concluíram o ensino médio na região sudeste, 07 (6,08%) na região centro-oeste, 04 (3,48%) na região nordeste, ninguém concluiu o ensino médio na região norte e 78 (67,83%) concluíram o ensino médio na região sul. Analisando a modalidade de ingresso por cotas, nota-se que 48 (41,73%) dos estudantes de medicina declararam renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salários mínimos (cotas L1, L2, L9 e L10). Como em outros estudos realizados com estudantes de medicina no Brasil, há um equilíbrio entre homens e mulheres, maioria branca e jovem, além da origem ser a mesma da localização da instituição. Conclusão: As características dos estudantes de medicina da UFFS são similares às de estudantes do mesmo curso de outras instituições, com exceção da variável escola pública e renda baixa que alcança grande percentual no cenário de estudo.

 

Published
13-06-2018