Potencial antiproliferativo do complexo organometálico derivado do Ácido Valpróico ZnValpPhen

  • Renan Martinelli Leonel Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Miriam Vitória Rodrigues dos Santos Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Ana Gabrieli Sauer Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Françoise Dumas Universidade de Paris
  • Sidnei Moura Universidade de Caxias do Sul
  • João Antonio Pegas Henriques Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Leonardo Barbosa Leiria Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Ácido Valpróico, Câncer, Terapia Antitumoral, Derivados organometálicos, Quimioterápicos

Resumo

Introdução: O Ácido Valpróico (AVP) é um fármaco utilizado no tratamento de epilepsia e transtorno bipolar desde a década de 60. Além disso, recentes estudos clínicos e experimentais utilizando AVP demonstraram uma ação antitumoral, a partir da inibição da acetilação de histonas em diferentes linhagens celulares, tais como, gliomas e neuroblastomas. Porém, o uso clínico do AVP torna-se limitado devido aos seus efeitos adversos, dentre eles, hepatotoxicidade e hematotoxicidade. Nesse sentido, o desenvolvimento de moléculas organometálicas derivadas do AVP que possam ter um menor potencial tóxico para as células normais e uma maior efetividade antitumoral torna-se extremamente importante. Objetivos: Verificar o potencial citotóxico e antiproliferativo da molécula organometálica Valproato de Zinco ligado a Fenantrolina (ZnValpPhen) comparado com o AVP em uma linhagem humana normal de fibroblastos (MRC5) e uma linhagem tumoral de câncer de colo (HT29). Metodologia: Cultura de células foram incubadas durante 72 horas com diferentes concentrações de ZnValpPhen e AVP de forma isoladas e suas propriedades citotóxicas foram determinadas pelo ensaio de MTT e ensaio clonogênico. Além disso, foi realizado o ensaio cometa para a determinação da possível ação genotóxica do derivado e do AVP. Resultados e Discussão: A viabilidade celular nos testes foi dose e tempo dependente onde aproximadamente IC80, IC50 e IC25 foram de 1, 5 e 50 µM para MRC5 ZnValpPhen e 1, 3, 25 µM para HT29 ZnValpPhen. Da mesma forma, IC80 e IC50 tanto para MRC5 AVP quanto para AVP HT29 foram de aproximadamente 1500 e 3000 µM. Tanto o AVP quanto o derivado mostraram uma ação genotóxica no ensaio cometa, sobretudo na linhagem tumoral, indicando que o ZnValpPhen pode ser um candidato a ação antitumoral. Conclusão: ZnValpPhen induz citotoxicidade e danos ao DNA. Palavras-chave: Ácido Valpróico, Câncer, Terapia Antitumoral, Derivados organometálicos, Quimioterápicos. Apoio Financeiro: CNPq.

 

 

Publicado
13-06-2018