INSTRUÇÃO E AUTOCONFIANÇA DE DISCENTES DO CURSO DE MEDICINA SOBRE A TEMÁTICA DE PRIMEIROS SOCORROS

  • Camila Zanesco Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Danielle Bordin UEPG
  • Daniela Aparecida Dos Santos UDESC
  • Maiara Vanusa Guedes Ribeiro UFFS
  • Cristina Berger Fadel UEPG

Abstract

Introdução: A estrita relação interposta entre situações emergenciais, e o conhecimento básico sobre a atuação frente a estas, constitui-se medida essencial no ramo da promoção e proteção da saúde individual e coletiva. Neste cenário, a capacitação de agentes de saúde e da sociedade em geral é de fundamental importância, posto que ninguém esteja livre de, em algum momento, se deparar com uma situação que demande intervenção rápida. A abordagem inicial  interfere significativamente no desfecho de todas as demais fases de tratamento e reabilitação, assim como a integridade do indivíduo, sua qualidade de vida e sobrevivência. Entrelaçado a aspectos formativos e culturais se tem, frequentemente a impressão de que acadêmicos do ensino superior, e em especial do curso de medicina, estejam preparados para amparar ou agir frente a situações emergenciais. Objetivos: Investigar o conhecimento e a importância atrelados ao tema de primeiros socorros por parte de discentes formandos do curso de medicina em uma universidade pública no Sul do País. Metodologia: Estudo classificado como exploratório transversal, população-alvo foram discentes formandos no ano de 2017 do curso de graduação em medicina de uma universidade pública na região Sul do País. A proposta englobou a utilização conjunta das metodologias quantitativa e qualitativa, mediante a aplicação de um questionário semi-estruturado como instrumento para a coleta de informações. O respectivo projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa. A coleta de dados ocorreu no período de agosto a setembro do ano de 2017. Resultados e Discussão: Responderam a pesquisa 42% (n=15) dos discentes formandos do curso de medicina, quanto as abordagens conforme a descrição do conteúdo programático das respectivas disciplinas, essas constituem-se como amplas com posterior retomada dos conteúdos nas atividades práticas obrigatórias. Para 53,33% dos respondentes a abordagem nas disciplinas não foi suficiente (aproximadamente 894 horas aula com relação ao conteúdo). Quando questionados sobre autopercepção de segurança e capacidade para atuação frente a situações emergenciais, 40% relataram não se sentirem aptos, 20% disseram sentir-se parcialmente aptos. A relação idealizada nos cursos de ensino superior, principalmente da área da saúde e educação, é de que estes como difusores natos de conhecimentos sejam empoderados sobre a temática em questão, visto que os conhecimentos dos profissionais egressos das respectivas áreas refletem na população em geral. Conclusão: Frente aos dados expostos é exaltada a necessidade de avaliação ou ponderação retrospectiva dos discentes perante a disciplina ministrada, necessidade real que deve ser considerada pelos docentes, instituições de ensino e discentes, como forma de melhoramento e adaptações, sendo fundamental a adesão e empenho mútuos.

Published
13-06-2018