AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE CHAPECÓ

uma ação do Programa de Saúde na Escola (PSE)

  • Julia Canci UFFS
  • Jéssica Daniela Schröder
  • João Marcos Soares
  • Kaiana Maschio
  • Kimberly Kamila da Silva
  • Laura Lange Biesek
  • Weder Nazari
  • Paulo Roberto Barbato

Resumen

Introdução: O aumento do sobrepeso e da obesidade vem se tornando uma realidade no Brasil, conforme estudos publicados pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome metabólica (ABESO). No ano de 2017, mais de 50% da população estava acima do peso, em todas as faixas etárias. Com base nesse dado a atenção deve ser duplicada quando se aborda a infância, pois é nesse momento que são construídos os hábitos de vida que podem trazer benefícios para o indivíduo e também para saúde pública. Objetivos: Realizar uma atividade do Programa de Saúde na Escola, no município de Chapecó, com envolvimento da Unidade Básica de Saúde (UBS) Eldorado em conjunto dos acadêmicos e orientador do curso de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), durante a semana de vivência na disciplina de Saúde Coletiva. Metodologia: Realizou-se uma avaliação antropométrica em estudantes do ensino fundamental, entre 6-12 anos, na Escola Municipal Maria Bordignon Destri.  Foram realizadas as seguintes medidas: aferição da altura, peso e circunferência abdominal. Após, os dados foram organizados em um banco e calculado o IMC (Índice de Massa Corporal) dos estudantes avaliados. Resultados e Discussão: Foram avaliados 150 estudantes, sendo 52,7% do sexo masculino e 47,3 % do sexo feminino. Considerando o IMC, foi possível averiguar que das 71 alunas do sexo feminino, 18 encontravam-se com sobrepeso ou obesidade, sendo que nas idades de 8 e 9 anos a  prevalência ficou próximo aos 30%s. Já o sexo masculino teve resultados ainda piores, uma vez que para todas as idades a prevalência de sobrepeso e obesidade foi maior que 30%, exceto aos 11 anos. Em todas as idades foram encontradas crianças com obesidade central. Também se destaca a ocorrência entre os meninos (31 casos) enquanto entre as meninas foram identificados 19 casos, sendo que apenas aos 11 anos não foram encontrados casos de obesidade central. Ressaltem-se também as altas prevalências altas em ambos os sexos para todas as idades e com maior gravidade aos 12 anos onde, apesar de serem examinadas apenas quatro crianças, todas apresentaram obesidade central. Conclusão: A partir da coleta dos dados antropométricos é possível verificar que o sobrepeso/obesidade infantil são uma realidade nessa escola do município de Chapecó. Sendo assim, políticas públicas devem ser disseminadas com enfoque nesse público alvo, reduzindo-se possíveis agravantes para saúde desses indivíduos. A construção de uma sociedade saudável deve iniciar na primeira infância, tendo um papel fundamental nesse desafio a Escola em conjuntura da equipe de Estratégia da Saúde da Família.

Publicado
13-06-2018