PICS E O PACIENTE ONCOLÓGICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Hans Rievers Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nicole Valle
  • Rayana Bertolucci
  • Thauane Leite
  • Camila Puntel
  • Francielli Girardi

Palavras-chave:

Neoplasias Malignas, Práticas Integrativas e Complementares, Humanização da Assistência, Qualidade de Vida

Resumo

Introdução: o aumento da incidência de câncer e os efeitos adversos relacionados ao tratamento convencional têm impulsionado a busca por abordagens complementares que promovam qualidade de vida e bem-estar aos pacientes. Nesse contexto, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) vêm ganhando relevância no cenário oncológico, sobretudo após sua inclusão na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS. Objetivo: investigar os benefícios da utilização das PICS em pacientes em tratamento oncológico. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa, com pesquisa realizada na base de dados BVS, utilizando os descritores “práticas integrativas e complementares” e “câncer”. Inicialmente, foram encontrados 3298 artigos, dos quais apenas 17 foram selecionados para esta revisão, considerando-se como critério de inclusão os artigos publicados em português nos últimos 5 anos. Resultados e Discussão: os dados indicam que as práticas integrativas e complementares (PICS) demonstraram resultados positivos no bem-estar emocional de pacientes em tratamento oncológico, por exemplo: musicoterapia, atividades recreativas e terapias lúdicas são eficazes na redução da dor e do estresse, especialmente entre crianças e adolescentes. Também utilizado as práticas espirituais, como apoio religioso, têm se mostrado aliadas potentes na jornada de enfrentamento da doença. Em outra perspectiva, técnicas de relaxamento com imagem guiada demonstraram impacto estatisticamente significativo na melhora de domínios físicos, funcionais e emocionais em pacientes com câncer de colo do útero. Ademais, em relação aos profissionais de saúde, em um grupo amostral, cerca de 68% dos trabalhadores destacaram a valorização do trabalho coletivo e 59% perceberam melhoria na comunicação interpessoal com a utilização da meditação, da escuta ativa e do mindfulness. Por fim, a análise das abordagens não farmacológicas, como acupuntura, yoga e massagem terapêutica, revelou eficácia significativa no alívio da dor. Conclusão: em suma, tais condutas se mostram complementares para o aprimoramento do bem-estar emocional, físico e funcional em pacientes oncológicos, reduzindo ansiedade, dor e estresse, além de fortalecer a redes individuais, com suporte familiar e hospitalar, essas práticas enriquecem o cuidado oncológico, oferecendo uma abordagem holística que melhora a qualidade de vida e humaniza a assistência à saúde.

Downloads

Publicado

30-05-2025