TEATRO DE FANTOCHES NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: RELATO EXTENSIONISTA DE PREVENÇÃO AO BULLYING
Palavras-chave:
Bullying Escolar, Extensão Universitária, Programa Saúde na EscolaResumo
Introdução: O bullying, fenômeno multifacetado que afeta saúde mental, desempenho escolar e convivência, demanda respostas amplas; a articulação entre o Programa Saúde na Escola (PSE) e a extensão universitária cria um espaço dialógico onde saberes acadêmicos e experiências locais se entrelaçam, convertendo a escola em laboratório de cidadania e cuidado compartilhado. Objetivos: Relatar a experiência extensionista de um teatro de fantoches sobre bullying, desenvolvido por estudantes do curso de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó, no âmbito do PSE, destacando seus efeitos formativos para os discentes e transformadores para a comunidade escolar. Metodologia: Trata-se de relato, de caráter descritivo-reflexivo de uma atividade realizada em 2024 com alunos do 1º e 2º anos de uma escola básica municipal, em Chapecó-SC. A intervenção consistiu em sessão interativa de teatro de fantoches (personagens Narrador, Gato e Tigre) mediados por estudantes de medicina. A ética extensionista fundamentou todas as etapas. Resultados e Discussão: Durante a ação, as crianças participaram, produzindo relatos espontâneos de vivências relacionadas ao bullying. Emergiram três temas centrais: “palavras que ferem ou acolhem”, “coragem de expressar sentimentos” e “corresponsabilidade coletiva para intervenção”. A dramatização despertou empatia pelo Gato e, ao evidenciar o remorso do Tigre, incentivou as próprias crianças a criarem estratégias de reparação e soluções para conflitos. Para os extensionistas, a experiência reforçou competências em educação em saúde e comunicação não violenta, ampliando sua formação humanística. No plano institucional, a universidade fortaleceu laços com a comunidade, cumprindo o princípio extensionista da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. O PSE mostrou-se um arcabouço potente para ações integradas, pois legitima a presença do universitário no espaço escolar e comunitário, e facilita a sustentabilidade das intervenções. Esses achados convergem com literatura que aponta metodologias lúdicas e participativas como catalisadoras de mudança de atitudes. Considerações Finais: Esta ação sensibilizou crianças precocemente para os danos do bullying e incentivou comportamentos colaborativos. A iniciativa integrou saberes, trazendo ganhos pedagógicos à escola e formativos aos universitários. Recomenda-se institucionalizar atividades lúdicas reflexivas no calendário escolar, com formação contínua de professores e famílias.