INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS NA HIPERTENSÃO ARTERIAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Ruan Gabriel Behling Nunes
  • Hans Fiedler Bastos Rievers
  • João Gustavo Sanches Gemim
  • Rafael Welter Dias
  • Valéria Borges Barichello
  • Michelli Fontana UFFS https://orcid.org/0000-0003-1855-3343
  • Thais Nascimento Helou

Palavras-chave:

Hipertensão, Exercício físico, Estilo de vida

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das principais causas de morbimortalidade global, associada a doenças cardiovasculares, renais e cerebrovasculares. Embora o tratamento farmacológico seja amplamente utilizado, mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e prática de atividade física, têm se mostrado eficazes e acessíveis para a prevenção e o controle da HAS, reduzindo a pressão arterial (PA) e melhorando a qualidade de vida. Objetivos: Avaliar os efeitos da dieta e do exercício físico, como intervenções não farmacológicas (INF), no manejo da HAS, destacando sua eficácia, aplicabilidade e benefícios à saúde. Metodologia: Revisão integrativa com abordagem qualitativa, considerando a base do Pubmed  e os descritores “hipertensão”, “exercício físico” e “estilo de vida”. O critério de inclusão foi de publicações da última década, disponibilizados integralmente, com base em sua relevância e rigor metodológico. Foram selecionados quatro artigos publicados entre 2013 e 2020. Resultados e Discussão: As INF analisadas demonstraram impacto positivo na redução da PA. O sal substituto CISalt, com baixo teor de sódio e enriquecido com potássio, cálcio e ácido fólico, reduziu em média 9,6 mmHg na pressão sistólica e 5,3 mmHg na diastólica, sem eventos adversos e com benefícios cardiovasculares e renais. A dieta DASH, isolada ou associada a controle de peso e exercício (ENCORE), reduziu em média 11,2/7,5 mmHg (sistólica/diastólica), chegando a 16,1/9,9 mmHg, com melhora na função cardiovascular. Em comunidades de baixa renda, adaptações culturais da DASH aumentaram o consumo de frutas, vegetais e a confiança na dieta alimentar. Exercícios aeróbicos reduziram a PA em até 7,4/5,8 mmHg, e treinos isométricos, até 13,5/7,8 mmHg. Reduções de apenas 2 mmHg já diminuem significativamente o risco de AVC e eventos coronarianos, reforçando a relevância clínica dessas estratégias. Conclusões/Considerações Finais: As INF são fundamentais no controle da HAS, especialmente em estágios iniciais da doença. A adesão à dieta DASH mostrou-se eficaz na melhora de hábitos alimentares e no aumento da autoconfiança em escolhas saudáveis. Paralelamente, o exercício físico, sobretudo o aeróbico, apresentou efeitos positivos sobre a PA, sendo recomendado como primeira linha de tratamento em muitos casos. Essas estratégias representam uma abordagem promissora, segura e de baixo custo para o manejo da HAS, com impacto duradouro na saúde cardiovascular.

Downloads

Publicado

30-05-2025