HIPOTONIA MUSCULAR E PLAGIOCEFALIA CONGÊNITA EM PREMATURA SUBMETIDA À INTERNAÇÃO EM UTI NEONATAL: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO PRECOCE
Palavras-chave:
Prematuridade, Hipotonia muscular, Plagiocefalia, PediatriaResumo
Introdução: A plagiocefalia é uma deformidade craniana caracterizada pelo achatamento assimétrico do crânio, geralmente causada por pressões externas prolongadas no período neonatal, sendo mais comum em prematuros devido a imaturidade musculoesquelética, hipotonia postural e permanência prolongada em posição supina durante a hospitalização. A detecção precoce e a intervenção imediata são cruciais para um prognóstico favorável. Objetivos: O estudo objetivou relatar um caso de prematuridade com diagnóstico de hipotonia e plagiocefalia pós internação em UTI neonatal, evidenciando os resultados positivos advindos do diagnóstico inicial e intervenção multiterapêutica. Descrição do caso: lactente do sexo feminino, nascida de parto vaginal às 32 semanas de gestação, sem intercorrências perinatais graves, foi internada por 10 dias em UTI neonatal para suporte respiratório e clínico, e por 5 dias em enfermaria. Aos dois meses de idade cronológica, apresentou diagnóstico de hipotonia muscular e plagiocefalia congênita, além de hipotonia lingual. Foi iniciado acompanhamento multiprofissional precoce, com fisioterapia motora, terapia ocupacional, osteopatia e fonoaudiologia, além da mudança de posicionamento alternado da cabeça no ambiente domiciliar. Após três meses de abordagem conservadora, houve uma melhora parcial da assimetria craniana, dispensando a indicação de órtese craniana para correção. A bebê apresentou evolução para controle postural adequado e tonificação muscular compatíveis com os parâmetros esperados para a idade corrigida. Discussão: A plagiocefalia em prematuros é multicausal, estando associada à imaturidade do sistema neuromuscular e às práticas de cuidados intensivos durante a hospitalização. Este relato de caso enfatiza a relevância da detecção precoce e da adoção de intervenções não invasivas como estratégia terapêutica inicial. O monitoramento contínuo do tônus muscular, da mobilidade cervical e do posicionamento do neonato configura-se como medida essencial para a prevenção da progressão da deformidade e a redução da necessidade de intervenções ortóticas ou cirúrgicas subsequentes. Conclusão: O diagnóstico precoce da plagiocefalia em prematuros e a aplicação de estratégias de posicionamento e fisioterapia contribuem para a remodelação craniana fisiológica e prevenir deformidades permanentes. Relatos clínicos como este enfatizam a importância da adoção de protocolos preventivos nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn).