GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E INCONTINÊNCIA URINÁRIA: UMA ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E IMPACTOS
Palavras-chave:
Incontinência urinária. Gravidez. Adolescência.Resumo
Introdução: A incontinência urinária, definida como a perda involuntária de urina, tem sido tradicionalmente associada ao envelhecimento. No entanto, estudos recentes demonstram sua presença em mulheres jovens, inclusive gestantes adolescentes, com impactos relevantes na saúde física e emocional. Objetivos: Verificar a prevalência e os impactos da incontinência urinária em gestantes adolescentes por meio de uma revisão integrativa da literatura. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura em abril de 2025, com abordagem qualitativa, conduzida por revisores independentes. As buscas ocorreram nas bases de dados PubMed e SciELO, utilizando os descritores “incontinência urinária”, “adolescentes” e “gestantes”, segundo os vocabulários Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), com o operador booleano AND. Resultados e Discussão: A prevalência da incontinência urinária em gestantes adolescentes varia entre 16,5% e 54%, sendo a forma de esforço a mais frequente. Entre os fatores associados estão histórico de enurese infantil, alterações hormonais e biomecânicas do terceiro trimestre, prática de exercícios de alto impacto e transtornos emocionais como ansiedade e depressão. A condição é agravada pela baixa percepção de necessidade de tratamento e pelo desconhecimento sobre os músculos do assoalho pélvico, além da ausência de orientação adequada no pré-natal. Tais aspectos afetam a autoestima e a qualidade de vida, ampliando a vulnerabilidade social. Conclusões/Considerações Finais: A incontinência urinária em gestantes adolescentes é uma condição frequente e multifatorial, ainda negligenciada na atenção pré-natal. A adoção de estratégias educativas, preventivas e terapêuticas é essencial para mitigar seus efeitos e promover a saúde integral dessas jovens.