ANÁLISE DO PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL, CAMPUS CHAPECÓ: AVALIAÇÃO DAS PRIMEIRAS 3 TURMAS

Autores/as

  • Luísa Eugênio Farias Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Rackel Silva Resende Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Otavio Ananias Pereira da Silva Ribeiro
  • Cesar Andres Diaz Arias
  • Graciela Soares Fonseca Universidade Federal da Fronteira Sul

Palabras clave:

Educação médica, Educação de graduação em medicina, Estudantes de medicina.

Resumen

Introdução: o perfil da força de trabalho médica é influenciado por fatores socioeconômicos, culturais e educacionais. Avaliar sistematicamente os egressos dos cursos de Medicina é essencial para compreender o profissional inserido no sistema de saúde, verificar a aderência das competências formativas às exigências do mercado e monitorar a qualidade do curso. Embora pouco institucionalizada, essa análise permite reflexões sobre os objetivos pedagógicos e uma avaliação longitudinal da formação com base nas percepções e experiências dos ex-alunos. Objetivos: analisar o perfil  dos egressos das três primeiras turmas do curso de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó. Metodologia: estudo quantitativo, transversal e descritivo, com 73 egressos formados entre 2021 e 2023. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário estruturado, em formato digital, enviado aos participantes cerca de um ano após a conclusão do curso. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados e Discussão: dos 150 egressos, 73 responderam: 32,87% da primeira turma, 28,76% da segunda e 38,35% da terceira. A média de idade foi 28,8 anos variando entre 25 e 43 anos. 57,5% eram mulheres e todos se declararam cisgênero. Cerca de 89% residiam na região Sul e 24,7% permaneciam em Chapecó um ano após a formatura, reduzindo para 24,7% após um ano. Do total, 54,79% prestaram residência, com 75% de aprovação, sendo a especialidade mais escolhida a Medicina de Família e Comunidade (30%). Todos estavam inseridos no mercado de trabalho, com variações na carga horária de trabalho e na renda. Houve satisfação parcial com a remuneração, sendo que 61,64% responderam que estão muito satisfeitos ou satisfeitos e percepção de redução no prestígio da profissão (79,5%). Houve avaliação positiva da formação recebida, destacando-se o desenvolvimento de competências como trabalho em equipe (94,5%), compromisso ético (95,9%) e capacidade de tomar decisões (95,9%). Relataram-se limitações estruturais e na oferta de cenários de prática. 97,3% dos egressos possuem algum nível de satisfação com o curso.  Conclusões/Considerações Finais: os dados obtidos subsidiam a avaliação da formação médica ofertada, evidenciando sua consonância com as políticas educacionais vigentes. A inserção qualificada, a permanência regional e a boa avaliação indicam impacto social, apesar de desafios estruturais ainda presentes.

Publicado

30-05-2025