ARTROSE/OSTEOARTRITE E QUALIDADE DE VIDA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE OS IMPACTOS FUNCIONAIS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS DA DOENÇA EM IDOSOS
Palavras-chave:
Artrose, Osteoartrite, Idosos, Qualidade de vidaResumo
Introdução: A artrose (ou osteoartrite - OA) é uma doença crônico-degenerativa que causa dor, incapacidade e limitação funcional, prevalente na população idosa. Ocorre degeneração progressiva da cartilagem articular, associada a inflamação e alterações biomecânicas, que comprometem a estabilidade e o movimento das articulações - especialmente joelhos, quadris e mãos. Objetivos: Identificar os impactos da OA sobre a qualidade de vida dos pacientes, considerando aspectos físicos, psicológicos e sociais da doença. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, de abordagem qualitativa e retrospectiva. A busca por artigos foi realizada nas bases SciELO, PubMed e ResearchGate, sem delimitação de data, devido à escassez de publicações diretamente relacionadas ao tema. Utilizaram-se os descritores: "artrose" ou "osteoartrite", "qualidade de vida" e "idosos". Foram incluídos 6 estudos disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês, que abordassem a relação entre artrose e qualidade de vida em idosos. Resultados e Discussão: A perda de funcionalidade na OA leva à limitação de atividades cotidianas, como caminhar, subir escadas, levantar-se, realizar tarefas domésticas e cuidados de higiene pessoal, repercutindo diretamente na autoestima e na percepção de independência do indivíduo. Ademais, a dor crônica, frequentemente agravada em repouso e/ou à noite, compromete o sono e intensifica o desgaste emocional. Nota-se que pacientes com artrose têm maior risco de desenvolver sintomas depressivos e ansiosos, devido à limitação social e à frustração diante da perda progressiva da capacidade funcional, além da menor participação em atividades sociais agravar o isolamento e a solidão, especialmente em idosos que vivem sozinhos ou em contextos de vulnerabilidade social. Do ponto de vista do cuidado, estratégias exclusivamente medicamentosas não são suficientes para restaurar a qualidade de vida. Recomenda-se abordagens multiprofissionais e individualizadas, com ênfase em exercícios físicos supervisionados, suporte psicológico e inserção social na comunidade. Medidas preventivas, diagnóstico precoce e promoção da autonomia devem ser prioridade nas políticas públicas voltadas ao envelhecimento saudável. Conclusões: A OA afeta a saúde física e mental dos pacientes. Assim, deve ser compreendida como uma condição multifatorial que exige atenção integral, visando não apenas o controle da dor, mas também a preservação da funcionalidade e do bem-estar global do paciente.