EVOLUÇÃO DOS ÓBITOS POR DENGUE EM SANTA CATARINA NOS ANOS DE 2019 ATÉ 2024: DESAFIOS E PERSPECTIVAS EM SAÚDE PÚBLICA

Autores

  • Mateus Gustavo Novello Universidade do Contestado
  • Lais Campeol Santin Universidade do Contestado
  • Felipe Anzanello
  • Kaue Rossi
  • Laís Destri dos Santos
  • Micheli Colla Vieira
  • Laura Eloisa Guerra
  • Michel Scotti
  • Bruna Andressa Jung da Silva
  • Rafaela Elise Parisoto

Palavras-chave:

Dengue, Óbitos, Saúde Pública, Santa Catarina

Resumo

Introdução: A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que representa um desafio significativo para a saúde pública no Brasil. Além dos sintomas clássicos como febre alta, dores musculares e manchas na pele, pode evoluir para formas graves, levando ao óbito. Nos últimos anos, Santa Catarina tem enfrentado um aumento no número de óbitos causados pela dengue, evidenciando a necessidade de uma análise dos fatores que contribuem para essa tendência.

Objetivos: Analisar a evolução dos óbitos por dengue em Santa Catarina entre 2019 e 2024, identificando padrões de crescimento e fatores determinantes. Além disso, discutir os impactos dessa tendência no sistema de saúde e sugerir estratégias de intervenção. Busca-se compreender a relação entre a expansão urbana desordenada e a proliferação do vetor, considerando aspectos socioeconômicos e ambientais que agravam o problema. Metodologia: Este estudo é quantitativo, observacional e retrospectivo, baseado na análise dos registros de óbitos por dengue em Santa Catarina. Os dados foram coletados do DATASUS TabNet entre 2019 e 2024 e analisados estatisticamente para determinar tendências e associações com variáveis clínicas e estruturais. Resultados e Discussão: Os números de óbitos por dengue no estado de Santa Catarina apresentaram a seguinte evolução: 2019: 12 óbitos; 2020: 15 óbitos; 2021: 20 óbitos; 2022: 90 óbitos; 2023: 98 óbitos; 2024: 340 óbitos. Observa-se um aumento expressivo a partir de 2022. Fatores como a expansão da área de infestação do Aedes aegypti, mudanças climáticas favoráveis à proliferação do vetor e falhas nas estratégias de controle podem ter contribuído para esse cenário. Além disso, a baixa cobertura vacinal, com apenas 12% do público-alvo imunizado em 2024, ressalta a necessidade de intensificar campanhas de vacinação e conscientização. A precariedade no saneamento básico em algumas regiões favorece criadouros do mosquito. Conclusões/Considerações Finais: O aumento dos óbitos por dengue em Santa Catarina entre 2019 e 2024 requer atenção dos gestores de saúde. É fundamental implementar estratégias eficazes de controle do vetor, ampliar a cobertura vacinal e fortalecer a vigilância epidemiológica. Investimentos em educação em saúde, melhorias em infraestrutura sanitária e capacitação de profissionais são essenciais para um enfrentamento eficaz.

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Publicado

30-05-2025