RECEPTORES DE ADENOSINA E LESÃO RENAL AGUDA: PERSPECTIVAS PARA TERAPIA FUTURA

Autores

  • Renata Cristina Daniel Coelho UFFS
  • Isabela Berton Wissmann UFFS
  • Lilian Baseggio UFFS
  • Andreia Machado Cardoso UFFS

Palavras-chave:

Adenosina. Lesão renal aguda. Receptores purinérgicos. Inflamação.

Resumo

Introdução: A adenosina, nucleosídeo derivado do ATP, exerce papel central na regulação da inflamação e da hemodinâmica renal, especialmente na lesão renal aguda (LRA). A base teórica do trabalho está na sinalização purinérgica e no papel dos receptores P1 (A1, A2A, A2B e A3) na fisiopatologia da LRA. Objetivos: Revisar criticamente a função dos receptores de adenosina e de enzimas reguladoras como a adenosina desaminase (ADA) em modelos experimentais de LRA, destacando suas implicações terapêuticas. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa baseada em estudos recentes (2022–2024), com ênfase em experimentos com agonistas e antagonistas seletivos de receptores de adenosina, modelos de isquemia-reperfusão, nefrotoxicidade por cisplatina e LRA associada à COVID-19. Resultados e Discussão: A ativação do receptor A2A promove vasodilatação, reduz infiltração de leucócitos e melhora a perfusão renal. O A2B exerce função protetora em hipóxia, enquanto o A1 apresenta efeito dual, sendo protetor na isquemia, mas deletério em contextos nefrotóxicos. Já o A3 está geralmente associado a efeitos prejudiciais, sendo seu bloqueio uma estratégia promissora. A inibição da ADA surge como alternativa para preservar níveis protetores de adenosina, minimizando estresse oxidativo. Os dados apontam que a modulação farmacológica dos receptores de adenosina e da ADA representa uma via potencial de intervenção em LRA. No entanto, os efeitos contraditórios observados, principalmente com A1 e A3, destacam a necessidade de mais estudos clínicos. Considerações Finais:  A sinalização purinérgica via receptores de adenosina oferece caminhos promissores para novas abordagens terapêuticas na LRA, desde que se respeite o contexto fisiopatológico de cada subtipo receptor.

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Publicado

30-05-2025