INCIDÊNCIA DE MELANOMA NO SUL DO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA DA INCIDÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
Palavras-chave:
Melanoma, Região Sul do Brasi, IncidênciaResumo
Introdução: A Região Sul do Brasil apresenta a maior taxa de incidência de melanoma cutâneo do país. Apesar de representar o tipo menos frequente entre os tumores cutâneos malignos, o melanoma é o responsável pela maior taxa de mortalidade. No entanto, quando diagnosticado precocemente, apresenta alta taxa de cura. Sua ocorrência está associada, principalmente, ao fototipo cutâneo e à exposição intensa aos raios solares. Objetivos: Analisar a incidência de melanoma cutâneo na Região Sul do Brasil. Metodologia: Revisão narrativa da literatura, com abordagem qualitativa. A busca foi realizada em abril de 2025, nas bases PubMed e SciELO, com os descritores: “melanoma” AND “southern region of Brazil”. Foram incluídos artigos originais, em inglês com tradução para o português, de acesso gratuito, publicados entre 2011 e 2018, que abordassem a incidência de melanoma cutâneo na Região Sul. Resultados e Discussão: A Região Sul do Brasil apresenta as maiores taxas de incidência de melanoma cutâneo do Brasil, influenciada por fatores ambientais e genéticos, especialmente em estados com alta concentração de população de origem europeia. Observa-se predominância de casos em indivíduos com fototipos claros (I e II), expostos intensamente à radiação solar em contextos ocupacionais e recreativos. A faixa etária mais acometida é a de adultos com mais de 50 anos. O subtipo histológico mais comum é o melanoma extensivo superficial, com localização predominante no dorso em homens e nos membros inferiores em mulheres. Os estudos mostram divergência quanto ao perfil mais afetado, com variações mínimas entre homens e mulheres, dependendo da região analisada. O diagnóstico precoce e a espessura da lesão no momento da detecção são determinantes para o prognóstico. Apesar de menos incidente que outros cânceres de pele, o melanoma é o mais agressivo, com altas taxas de morbidade e mortalidade. Destaca-se ainda a subnotificação dos casos, o que pode dificultar a real dimensão do problema. Conclusões/Considerações Finais: A elevada incidência de melanoma na Região Sul do Brasil está relacionada ao fototipo da população e à exposição solar inadequada. Torna-se essencial o fortalecimento de estratégias preventivas, como campanhas para trabalhadores expostos ao sol, educação em saúde sobre fotoproteção desde a infância e rastreamento precoce. Tais medidas são cruciais para reduzir a mortalidade e favorecer o diagnóstico precoce. O recorte regional reforça a importância de políticas públicas com enfoque territorializado.