DESIGUALDADES NO ACESSO À SAÚDE MATERNO-INFANTIL EM ÁREAS RURAIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Palavras-chave:
Saúde da População Rural, Saúde Materno-Infantil, Disparidades em Assistência à SaúdeResumo
Introdução: os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) enfrentam desafios significativos relacionados aos determinantes sociais da saúde, sobretudo no que diz respeito ao transporte e às desigualdades socioeconômicas. Nesse cenário, é importante reconhecer as barreiras de acesso ao cuidado materno-infantil de populações rurais, para que sejam formuladas políticas públicas de garantia à equidade. Objetivos: identificar disparidades nos indicadores sociais de saúde materno-infantil de populações rurais em diferentes regiões. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, desenvolvida a partir da busca nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde. A pesquisa empregou os descritores “Healthcare Models”, “Rural Health”, “Access to Primary Care”, “Maternal and Child Health” e “Healthcare Disparities”, combinados pelo operador booleano AND. A busca resultou em 10 textos em língua inglesa, publicados a partir de 2016, e que puderam ser acessados na íntegra. Após a leitura, os dados dos 6 artigos elegíveis para o estudo e seus principais resultados foram dispostos em tabela para análise. Resultados e Discussão: os estudos examinados analisaram estatisticamente aspectos individuais e comunitários que limitam as mulheres do contexto rural no cuidado pré-natal e no parto. Nesse sentido, todos os achados demonstraram maior prevalência do parto domiciliar no grupo das mulheres de áreas rurais em relação às áreas urbanas, assim como maiores taxas de mortalidade infantil em diversas regiões. Além disso, um estudo realizado na Índia destacou os resultados positivos do programa National Rural Health Mission (NRHM) que, diante de graves problemas estruturais no país – como altas taxas de mortalidade materna e infantil – implementou o pagamento de auxílio financeiro para mulheres grávidas. O NRHM foi responsável por ampliar o acesso aos serviços de saúde em áreas remotas e incentivar o parto institucional. Assim, reforça-se a necessidade de estratégias voltadas ao meio rural. Conclusões/Considerações Finais: observa-se que a residência em áreas rurais permanece como um fator de vulnerabilidade no acesso à saúde materno-infantil. Portanto, visando o fortalecimento da APS, é fundamental o direcionamento de políticas públicas para assistência da população rural. Assim, será possível avançar na redução da mortalidade materna e infantil e na promoção de um atendimento integral, seguro e humanizado para mulheres em regiões remotas.