BENEFÍCIOS PSICOFISIOLÓGICOS DA PRÁTICA DIÁRIA DE CAMINHADA:UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

Autores

  • VINICIUS CIVITELLA UFFS
  • Andressa Schneider Studt
  • Cintia Canton
  • Glicia Rezende Lemos de Almeida
  • Henrique Dickel de Mello
  • João Carlos Steffens Hickmann
  • Letícia Carolina de Moraes
  • Graciela Soares Fonseca

Palavras-chave:

saúde mental, caminhada, depressão, promoção da saúde, atividade física

Resumo

Introdução: as doenças mentais, como a depressão,   são condições prevalentes e, muitas vezes, silenciosas, que comprometem significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas. Frente à crescente demanda por cuidados em saúde mental, a caminhada se destaca como uma prática acessível, não medicamentosa, de baixo custo e com grande potencial terapêutico, sobretudo no contexto da Atenção Primária à Saúde. Objetivos: analisar a relação entre a prática diária de caminhada e melhoria da  saúde mental, com foco na prevenção e redução de sintomas depressivos. Metodologia: trata-se de uma revisão narrativa da literatura, a partir de uma busca realizada na base de dados PubMed. Foram utilizados os descritores: “Mental Health Care”; “Primary Care”; e “Walking”, combinados pelo operador booleano “AND”. Foram selecionados sete artigos, em língua inglesa e espanhola, para análise, de acordo com critérios de pertencimento integral ao tema do estudo. Resultados e Discussão: apesar das variações metodológicas entre os estudos, os achados são consistentes e apontam que a prática regular de caminhadas está associada à redução de sintomas depressivos e à melhora do bem-estar psicológico. Um dos artigos analisados apresentou dados indicando que pessoas que caminham entre 5.000 e 7.000 passos por dia apresentam menor risco de desenvolver depressão, sendo que o acréscimo de 1.000 passos na rotina representa uma redução dessa vulnerabilidade em até 9%. Além disso, observa-se que os efeitos positivos da caminhada decorrem tanto de mecanismos fisiológicos quanto de aspectos psicossociais, bem como estruturação da rotina, fortalecimento da autoestima e aumento da sensação de controle pessoal. Nessa perspectiva, um estudo brasileiro, voltado para a população idosa, demonstrou melhora significativa no estado de humor de idosos após 30 minutos de caminhada, reforçando que mesmo sessões pontuais geram benefícios. Dessa forma, os estudos analisados sugerem que a caminhada é uma prática economicamente acessível, com boa aceitação e com potencial terapêutico relevante, especialmente no contexto da Atenção Primária.  Conclusões/Considerações Finais: nesse sentido, a realização diária de caminhada demonstrou relevantes benefícios à saúde mental, mostrando-se eficaz na prevenção e no tratamento da depressão. Devido ao baixo custo e à fácil implementação, o estímulo à prática de caminhada pode ser adotado como estratégia complementar nos serviços de Atenção Primária à Saúde.

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Publicado

30-05-2025