SÍFILIS CONGÊNITA: INCIDÊNCIA E AGRAVOS SOCIOECONÔMICOS

Autores

  • Michelli Fontana UFFS https://orcid.org/0000-0003-1855-3343
  • Otavio Ananias Pereira da Silva Ribeiro
  • Nina Ferreira Brandão
  • Andre Firmino Neves
  • Betina Drehmer da Rosa
  • Mauricio Fontana
  • Debora Tavares de Resende e Silva

Palavras-chave:

Sífilis, Sífilis Congênita, Saúde Pública, Epidemiologia

Resumo

Introdução: A sífilis pode ser transmitida da mãe para o feto, caracterizando a sífilis congênita. Nesse sentido, a avaliação epidemiológica tem importância para entender a prevalência da doença e sua relação com agravos socioeconômicos, o que pode ser um direcionador para políticas de saúde. Objetivos: Analisar as relações entre variáveis socioeconômicas e a incidência de sífilis congênita em países da América entre 2009 e 2019. Metodologia: Este estudo, quantitativo, observacional e retrospectivo, analisou a incidência de sífilis congênita em diferentes países das Américas. A variável principal foi a "Incidência de sífilis congênita por 1.000 nascidos vivos". Além disso, foram consideradas variáveis relacionadas ao desenvolvimento econômico de cada país, taxa de fertilidade e uso de métodos contraceptivos. Os dados foram obtidos a partir da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Para a análise, foi utilizada a técnica de agrupamento com distância euclidiana, aplicada no software R. Resultados e Discussão: A análise mostra disparidades entre países da América do Norte, América Central e América do Sul. Canadá e Estados Unidos (Grupo 5) exibem baixa incidência, refletindo investimentos em saúde pública. Em contraste, países da América Central, como Honduras e Nicarágua (Grupo 2), enfrentam desafios em saúde e prevenção, o que eleva os índices da doença. O Grupo 1, que inclui Peru, Belize e Guatemala, reflete uma situação intermediária. Apesar de programas de saúde mais estruturados em comparação com o Grupo 2, esses países ainda enfrentam dificuldades para reduzir as taxas da doença. O Brasil, no Grupo 4, apresenta disparidades regionais internas significativas. Embora existam programas nacionais voltados para o controle da sífilis, os desafios em áreas menos desenvolvidas explicam a colocação do país em um grupo separado. Países como Chile, Argentina e México no Grupo 3 possuem sistemas de saúde robustos, o que os coloca em uma posição favorável em relação ao controle da doença. A análise sugere que os países dos Grupos 1 e 2 poderiam se beneficiar da adaptação de programas eficazes aplicados em nações do Grupo 5, como triagem e tratamento precoce. Conclusões: A análise revelou uma segmentação entre regiões com sistemas de saúde mais desenvolvidos e aquelas enfrentando maiores desafios. Nesse sentido, colaborações regionais e internacionais são fundamentais para compartilhar boas práticas e expandir o alcance de campanhas de prevenção.

Downloads

Publicado

21-07-2025