ANEMIA EM GESTANTES X ANEMIA EM CRIANÇAS

UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS MUNDIAIS

Autores

  • André Firmino Neves UFFS
  • Otavio Ananias Pereira da Silva Ribeiro Acadêmico de Medicina. Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nina Ferreira Brandão Acadêmica de Medicina. Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Betina Drehmer da Rosa Acadêmica de Medicina. Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Michelli Fontana Acadêmica de Medicina. Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Rodrigo Lopes da Silva Acadêmico de Medicina. Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Lara Gandolfo Médica do Centro de Saúde da Família Juvenal Batista no Bairro Quedas do Palmital. Secretaria de Saúde – Chapecó
  • Debora Tavares de Resende e Silva Docente do curso de Medicina. Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Anemia, Saúde da Criança, Saúde Pública, Saúde Materna

Resumo

Introdução: A anemia infantil, uma condição que afeta milhões de crianças em todo o mundo, é caracterizada pela baixa concentração de hemoglobina no sangue, comprometendo o transporte de oxigênio. Sua prevalência está fortemente associada à saúde materna, especialmente à anemia durante a gravidez, que influencia diretamente a saúde das crianças. Objetivos: Este estudo visa investigar a relação entre a prevalência de anemia em gestantes e sua influência na prevalência de anemia em crianças de 6 a 59 meses em 59 países entre 2005 e 2019. Metodologia: Os dados foram obtidos da base da Organização Mundial da Saúde. Foi realizada uma análise de agrupamentos para identificar padrões da prevalência de anemia entre os países, realizados no software R. Resultados e Discussão: A análise de agrupamento dividiu os países em quatro grupos com base na prevalência de anemia materno-infantil. O grupo 1, composto por países desenvolvidos. Esses países apresentaram os menores índices de anemia tanto em gestantes quanto em crianças, sugerindo uma melhor infraestrutura de saúde e políticas públicas eficazes no combate à anemia. O grupo 2 inclui países em desenvolvimento. Estes países tiveram níveis moderados de anemia, com variações de prevalência tanto em gestantes quanto em crianças. Já o grupo 3, formado por países do sudeste asiático e Oceania, apresentou níveis moderadamente elevados de anemia em crianças e gestantes. Este grupo é caracterizado por desafios em nutrição e saúde materna, sendo que a anemia infantil está fortemente associada a fatores maternos. O quarto grupo inclui países da África Subsaariana. Esses países apresentaram as maiores taxas de anemia em gestantes e crianças. As condições socioeconômicas e o acesso limitado aos serviços de saúde contribuem significativamente para os altos índices de anemia neste grupo. Esse resultado reforça a necessidade de políticas públicas focadas na saúde materna, especialmente em países de baixa e média renda. Conclusões: Este estudo evidencia uma forte relação entre a anemia em gestantes e a

 

 

 

 

 

 

prevalência de anemia em crianças, especialmente em países subdesenvolvidos. A suplementação de ferro e políticas públicas que integrem cuidados materno-infantis são fundamentais para reduzir a prevalência de anemia infantil. Os resultados reforçam a necessidade de estratégias de saúde pública mais robustas, voltadas para a prevenção e tratamento da anemia em gestantes, visando melhorar a saúde das crianças globalmente.

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Publicado

21-07-2025