DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NA IMUNIZAÇÃO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Rodolfo Tenório da Fonseca Estudante de Medicina da UFFS- Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Otavio Ananias Pereira da Silva Ribeiro Estudante de Medicina da UFFS- Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Andre Firmino Neves Estudante de Medicina da UFFS- Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nina Ferreira Brandão Estudante de Medicina da UFFS- Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Victor Henrique Laranja Borges Taquary Estudante de Medicina da UFFS- Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Lara Gandolfo Médica do Centro de Saúde da Família Juvenal Batista, Secretaria de Saúde- Chapecó
  • Sandra Mara Scarant Enfermeira do Centro de Saúde da Família Juvenal Batista, Secretaria de Saúde- Chapecó
  • Marlene Hager Joner Técnica do Centro de Saúde da Família Juvenal Batista, Secretaria da Saúde- Chapecó.
  • Patricia Haas Docente do curso de medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul.

Palavras-chave:

Formação Médica, Humanização da Assistência, Saúde Pública

Resumo

Introdução: A imunização é uma estratégia fundamental de saúde pública, reconhecida por sua eficácia na prevenção de doenças transmissíveis e na redução da morbidade e mortalidade. No entanto, fatores como a hesitação vacinal e a vulnerabilidade social têm desafiado os avanços nas coberturas vacinais, exigindo uma análise crítica dessas barreiras no contexto dos serviços de saúde, especialmente pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Objetivos: O objetivo deste relato de experiência foi analisar os desafios enfrentados na sala de vacinas de UBS no município de Chapecó-SC. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, baseado nas vivências da disciplina de Saúde Coletiva III - Medicina Chapecó UFFS, na sala de vacinas. Resultados e Discussão: A vivência evidenciou uma série de desafios no processo de imunização. A hesitação vacinal se destacou como um dos principais obstáculos, influenciada pela disseminação de desinformação nas redes sociais. A técnica responsável relatou que, apesar da ampla disponibilidade de vacinas, muitas famílias, especialmente as de regiões mais vulneráveis, têm relutado em seguir o calendário vacinal. Outro aspecto relevante foi a baixa adesão à vacinação entre gestantes, que não têm seguido as recomendações para imunização contra doenças, essenciais para proteger tanto a mãe quanto o recém-nascido. Essa falta de adesão contribui para o aumento dos riscos de complicações durante a gravidez. Outro ponto crítico foi o atendimento às populações imigrantes, que chegam ao Brasil com histórico vacinal incompleto ou incompatível com o calendário vacinal brasileiro. A técnica mencionou que a busca ativa por esses imigrantes, muitas vezes realizada com o apoio de agentes comunitários de saúde, é essencial para garantir que essas pessoas completem os esquemas vacinais e sejam adequadamente protegidas contra doenças preveníveis. Nesse contexto,evidencia-se a importância da continuidade do cuidado em saúde, que deve incluir estratégias adaptadas às necessidades de grupos vulneráveis, como os imigrantes. Considerações Finais: A discussão sobre esses desafios revela a complexidade da imunização em um cenário de crescente vulnerabilidade social e desinformação. A importância de campanhas educativas contínuas, a busca ativa de populações não imunizadas e a necessidade de uma comunicação eficiente, adaptada às realidades locais, surgem como pilares fundamentais para garantir o sucesso das estratégias de imunização no contexto do Sistema Único de Saúde.

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Publicado

21-07-2025