ANÁLISE DA MIELOPEROXIDASE EM ADENOMAS DE HIPÓFISE E MENINGIOMAS
UMA ANÁLISE COMPARATIVA COM A LITERATURA ATUAL
Palavras-chave:
Neoplasias do Sistema Nervoso Central, Adenoma de Hipófise, Meningioma, Estresse Oxidativo, Mieloperoxidase (MPO)Resumo
Introdução: Adenomas de hipófise e meningiomas estão entre os tumores de sistema nervoso central (SNC) mais frequentes e, portanto, a pesquisa relacionada ao microambiente tumoral destas neoplasias constitui importante objeto de estudo para desenvolver novas vias de tratamento. Objetivos: Comparar os níveis da quinoneimina, produto formado pela ação da enzima mieloperoxidase (MPO), marcador de estresse oxidativo, que reage à exposição de compostos químicos sintéticos, permitindo a análise em amostras de plasma coletadas de pacientes acometidos por adenomas de hipófise àquelas obtidas de pacientes acometidos por meningioma, bem como a valores nominais da literatura. Metodologia: Estudo transversal, observacional e quantitativo, com exclusão de outliers, em que foram analisadas amostras coletadas de pacientes submetidos à ressecção cirúrgica de neoplasias do SNC. Os resultados catalogados de MPO foram comparados aos dados coletados do PubMed, Scielo e ResearchGate. Resultados e Discussão: Foi encontrada, para os casos de adenomas hipofisários, uma média de 6,778±5,449 µM quinoneimina. Paralelamente, nos casos de meningioma foram verificados média de 3,623±1,494 µM quinoneimina. Os níveis de MPO verificados não apresentaram diferença estatística (0.0838) entre as amostras de adenomas e de meningiomas. Pela literatura, não há um parâmetro bem definido para os níveis plasmáticos normais de mieloperoxidase, contudo, sabe-se que níveis elevados estão relacionados a condições de inflamação, dano tecidual, dano ao DNA e estimulação da carcinogênese , dado que os níveis de MPO geralmente são associados à gravidade da doença e podem ser utilizados como biomarcador, porém, este estudo não foi conclusivo para uso de MPO no monitoramento laboratorial de pacientes com neoplasia do SNC. Conclusões/Considerações Finais: Ainda é necessário prosseguir com análises futuras, pois não houve diferença estatística na comparação entre as concentrações de quinoneimina dos adenomas hipofisários e os meningiomas, o que indica que as concentrações plasmáticas deste marcador não são discrepantes entre os tumores analisados. Contudo, os baixos valores plasmáticos de MPO indicam que este pode não ser um marcador proeminente nos meningiomas e em adenomas de hipófise. A medição de MPO no monitoramento laboratorial para auxílio de diagnóstico clínico deve ser investigada de forma mais aprofundada e criteriosa em prospectivos estudos.