PERFIL DE INTERNAÇÃO DE IDOSOS POR FRATURAS DE FÊMUR EM SANTA CATARINA AO LONGO DE 10 ANOS
Palavras-chave:
fraturas do fêmur, idoso, hospitalização, internaçõesResumo
Introdução: O presente estudo trata sobre internações por fraturas de fêmur relacionadas à população idosa no estado de Santa Catarina. A pesquisa foi motivada pelo crescente envelhecimento populacional e pelos agravos relacionados ao elevado número de casos de fraturas de fêmur, constituindo um problema para a saúde pública. Objetivos: Analisar a tendência temporal de internações por fraturas de fêmur em idosos. Metodologia: Estudo observacional, descritivo de abordagem quantitativa. Os dados de internações foram coletados no DATASUS, considerando o período de 2012 a 2022. As taxas foram calculadas tendo como referência 1.000 habitantes (segundo dados populacionais do CENSO) e organizadas conforme faixas etárias da população idosa, divididas em três grupos: de 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 a 89 anos. Resultados e Discussão: As internações de idosos acima de 80 anos, apesar de apresentarem taxas maiores em todo o período (7,91/1000 habitantes em 2013 e 8,89/1000 habitantes em 2022) tiveram o menor aumento percentual (12,3%) nas internações dentre todos os grupos. Isso possivelmente resulta da maior fragilidade física relacionada ao aumento da idade do idoso, o que intensifica o risco de acidentes e as complicações em casos de fraturas. Na faixa dos 70 aos 79 anos, os números foram menores, com uma taxa de 2,20 internações/1000 habitantes em 2013 e 2,71/1000 habitantes em 2022, um acréscimo de 23%. No grupo dos idosos mais jovens, 60 a 69 anos, os valores são ainda menores, 0,68/1000 habitantes em 2013 e 0,88/1000 habitantes em 2022, mas com um maior aumento de notificações ao longo do período (29%). Nota-se que tanto para as faixas etáriasde 60 a 69 anos, quanto para 70 a 79 anos, há uma tendência de crescimento do número de internações ao longo da década avaliada. Conclusões/Considerações finais: De modo geral, as taxas de internações por fratura de fêmur na faixa etária de 80 anos e mais foram maiores que as observadas nas outras faixas etárias de idosos. Além disso, o aumento nas taxas de internações para as três faixas etárias, aliado ao envelhecimento populacional, podem representar um agravo para a saúde pública catarinense. Ressalta-se que as notificações das internações são importantes ferramentas para a orientação de políticas públicas que visem a promoção de saúde e prevenção de agravos, principalmente na população mais debilitada, como os idosos.