RELAÇÃO DA RENDA SUFICIENTE E EM SALÁRIOS NA AUTOAVALIAÇÃO EM SAÚDE DE UNIVERSITÁRIOS DA UFU NO PÓS COVID-19

Autores

  • Kelvin Gonçalves Rocha
  • Felipe de Lima Torres
  • Carolina Bruna Lopes Olivatto
  • Davi Lodi
  • Samara Gonçalves Pereira
  • Maria Luiza Bergamini
  • Lucas Eduardo Berta da Silva
  • Luiz Paulo Maziero
  • Tânia Aparecida de Araújo

Palavras-chave:

Determinantes Sociais; Renda; Universitários; Autoavaliação em Saúde

Resumo

Introdução: A pandemia da covid-19 afetou muitas pessoas, exacerbando as dificuldades financeiras daqueles com menos recursos e ampliando o abismo socioeconômico já existente no país, o que, consequentemente, reflete na saúde. Nesse contexto, as condições de saúde da população podem não só serem analisadas objetivamente pelos indicadores de saúde, como também pela subjetividade da autoavaliação em saúde. A partir dessa visão e dos determinantes sociais em saúde (DSS), buscou-se compreender uma possível relação existente entre os recursos financeiros dos estudantes com a visão dos mesmos sobre a qualidade de sua saúde. Objetivos: Avaliar a associação entre a renda e a autoavaliação em saúde. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico, feito com estudantes universitários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Os dados foram obtidos a partir de um banco com informações demográficas, socioeconômicas e de autoavaliação de saúde (AAS). A renda per capita foi categorizada em faixas (<1 salário mínimo (SM), 1-2 SM, 2-4 SM, e >4 SM). A AAS foi classificada em "muito boa" e "boa", "regular", "ruim" e "muito ruim". Análises estatísticas foram conduzidas para verificar a associação entre a renda e a AAS, utilizando-se o teste qui-quadrado para determinar a significância estatística (p < 0,05). Resultados e Discussão: Observou-se, a partir da comparação da renda em salários com a autoavaliação em saúde, que 12,53% dos universitários com uma renda per capita mensal < 1 SM autoavaliaram-se com uma saúde muito ruim. Já 72,19% dos alunos que possuem uma renda per capita mensal > 4 SM, autoavaliaram-se com uma saúde muito boa (p < 0,001). Quanto à renda suficiente, 66,22% do total dos universitários que julgam ter uma renda mensal sempre suficiente, também afirmam possuir uma saúde muito boa. Em contrapartida, 21,30% do total dos universitários que julgam ter uma renda mensal nunca suficiente, também afirmam possuir uma saúde muito ruim (p < 0,001). Conclusões/Considerações Finais: Existiu uma correlação estatisticamente significativa entre a renda dos universitários e sua autoavaliação em saúde (AAS). Estudantes com melhores condições econômicas reportam melhor saúde, enquanto aqueles com rendas insuficientes tendem a avaliar sua saúde como ruim. Logo, é crucial mais estudos para entender melhor essas dinâmicas e desenvolver intervenções que diminuam as disparidades socioeconômicas observadas entre os tipos de renda e a saúde da população estudantil.

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Publicado

21-07-2025