Perfil epidemiológico dos óbitos por melanoma maligno, segundo as diferentes regiões brasileiras.

  • Vítor Henrique Mendes Ramos Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó (UFFS - Chapecó)
  • Vitor Assmann da Rosa Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó (UFFS - Chapecó)
  • Thaysa Alves Gallehr Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó (UFFS - Chapecó)
  • Paulo Roberto Barbato Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó (UFFS - Chapecó)
Palavras-chave: Melanoma maligno., Perfil epidemiológico., Câncer de pele.

Resumo

Introdução: Estudos epidemiológicos têm sido fundamentais para o conhecimento mais amplo de várias enfermidades, incluindo o câncer, como o melanoma maligno, tipo mais conhecido de câncer de pele e uma das neoplasias que mais acomete os brasileiros. Nesse contexto, compreende-se a importância de analisar os fatores de risco, casos de maior incidência e maior mortalidade no Brasil, tendo como balizador as regiões do país. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos causados por melanoma maligno no Brasil entre 2012 e 2021, além de analisar possíveis especificidades regionais. Metodologia: Trata-se de um estudo cujos elementos são quantitativos, avaliados quanto à intensidade e quanto à frequência de ocorrência, utilizando-se banco de dados secundários do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade). A amostra foi de 13.561.284 óbitos notificados, no período de 2012 a 2021, acessados a partir dos registros do Instituto Nacional de Câncer (INCA). As variáveis utilizadas foram: idade e regiões do Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Resultados e Discussão: Os casos de morte registrados causados por melanoma maligno de pele, no período analisado, compreendem 17.604. A região Sudeste apresentou maior proporção de casos (43,92%), seguida pela Sul (33,37%), a Nordeste (14,12%), a Centro-Oeste (5,98%) e a Norte (2,61%). No entanto, a partir dos coeficientes de mortalidade específica por melanoma observa-se que a região que lidera é a Sul, com 283 ocorrências por 100.000 óbitos, seguida da Sudeste com taxa de 125/100.000 óbitos, Centro-Oeste com 116/100.000 óbitos, Nordeste com 70/100.000 óbitos e a Norte com 53/100.000 óbitos. De acordo com a idade, 82,20% dos óbitos ocorreram em pessoas com 50 anos ou mais, independentemente da região geográfica. Conclusões/Considerações Finais: A região Sul aparece com o maior coeficiente de mortalidade específica (283/100.000 óbitos), sendo superior a duas vezes o percentual das outras regiões. Essa mortalidade possivelmente está ligada a fatores de predisposição genética. Considera-se também que a população branca, representada por 7 em cada 10 habitantes da região, tende estar mais suscetível à neoplasia, pois a presença reduzida de melanina sensibiliza a pele à ação dos raios UV.

Publicado
04-11-2023