Avaliação da Atividade da Adenosina Dasaminase em Pacientes com Transtorno Depressivo

  • Larissa Campos Linck Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Sistema purinérgico, transtorno depressivo, adenosina desaminase, hiper-reatividade plaquetária.

Resumo

Introdução: A adenosina age como antiagregante plaquetário e o papel das plaquetas, especialmente sua hiper-reatividade, vem sendo estudado na fisiopatologia do transtorno depressivo (TD). Esse nucleosídeo faz parte do sistema purinérgico de sinalização e é hidrolisado em inosina pela enzima adenosina desaminase (ADA). Objetivos: Analisar a atividade da ADA em pacientes com TD e em indivíduos controle. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa. Fizeram parte do estudo 36 pacientes com TD e 36 indivíduos saudáveis (grupo controle), na faixa etária de 40 a 59 anos. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (número de aprovação no Comitê de Ética 5.191.879), uma amostra de 20mL de sangue foi coletada e as plaquetas foram separadas para a análise da atividade da ADA por método colorimétrico. Os resultados foram analisados estatisticamente por meio de Teste t de Student, considerando p<0,05.  Resultados e Discussão: A atividade da ADA foi significativamente menor no GP quando comparado com o GC (3,62±2,81 vs. 0.186±0,161 U/mg de proteína, no GC e GP, respectivamente). A redução da atividade da ADA nas plaquetas dos pacientes com TD sugere que existe menos disponibilidade de adenosina e, consequentemente, maior agregação e reatividade plaquetária nos pacientes com o transtorno, possivelmente desempenhando um papel na manifestação e gravidade dos sintomas nos pacientes. Conclusões/Considerações Finais: O estudo mostra que pacientes com TD possuem atividade reduzida da ADA, indicando menor disponibilidade de adenosina e maior agregação plaquetária, o que pode se relacionar com o agravamento dos sintomas depressivos.

Publicado
04-11-2023