EXPERIÊNCIA NO ACOMPANHAMENTO MÉDICO AMBULATORIAL DE PACIENTES COM HIV/AIDS: REFLEXÕES SOBRE OS PILARES DO ATO MÉDICO E O CUIDADO INTEGRAL

  • Heric Carvalho Vieira UFFS
  • Vladmir Aragão
  • Roberto da Justa Pires Neto
Palavras-chave: HIV; Relações Médico-Paciente; Ato Médico.

Resumo

Introdução: A infecção ocasionada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a subsequente manifestação da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) são reconhecidas como um desafio de magnitude global no âmbito da saúde pública. O Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), fundado em 1970, é uma instituição renomada do Norte e Nordeste que atua no atendimento de pacientes com enfermidades que são estigmatizadas, por exemplo, a Aids, sendo a patologia de maior prevalência no perfil atendido pelo equipamento. Objetivo: Descrever a experiência de dois discentes do curso de Medicina de instituições de ensino superior distintas no acompanhamento médico ambulatorial no HSJ durante janeiro de 2023. Descrição do caso: Compreende-se que o HSJ abrange um bom contingente populacional que necessitam de atendimento específico, como no caso de pessoas com HIV.  Durante os atendimentos, foi perceptível encontrar diversas pessoas de diferentes classes sociais e, em paralelo a isso, aprender sobre o ato médico, ou seja, síntese da profissão médica. Foi possível observar os quatro pilares do ato médico, a saber: o elemento científico, que engloba todas as contribuições provenientes dos avanços nas diversas vertentes das ciências, abrangendo desde instrumentos que viabilizam a exploração minuciosa do corpo humano até dispositivos que facilitam intervenções altamente complexas; o segundo componente contempla a ética em sua abrangência, englobando não apenas os aspectos deontológicos, mas também as nuances mais sutis que permeiam a relação entre médico e paciente. O terceiro componente abarca as qualidades humanas que podem ser sintetizadas na dedicação incondicional ao paciente, na manutenção da integridade no exercício da profissão e na manifestação de compaixão para compreender o sofrimento do indivíduo enfermo, independentemente de sua condição. O componente derradeiro manifesta-se na relação entre médico e paciente; inquestionavelmente, isso constitui a própria essência da prática médica. Reitera-se que é primordial explicar para o paciente o que ele tem, sanar as dúvidas, diminuir os estigmas,  explicar a importância do tratamento e manejo das comorbidades associadas. Conclusões/Considerações Finais: A experiência compartilhada revelou não apenas a relevância clínica da abordagem da infecção pelo HIV e da Aids, mas também a importância do respeito, da empatia e da comunicação eficaz no cuidado desses pacientes.

Publicado
04-11-2023