EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE COMPONENTES DO SISTEMA PURINÉRGICO E PARÂMETROS INFLAMATÓRIOS EM LINFÓCITOS DE MULHERES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2
Resumo
Introdução: A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) acomete mais mulheres do que homens. Estudos mostram que a inflamação de baixo grau encontra-se presente na DM2, devido ao aumento de citocinas pró inflamatórias, as quais são sintetizadas por meio da sinalização purinérgica, composta por moléculas sinalizadoras, receptores para essas moléculas e enzimas conhecidas como ectonucleotidases, expressas na superfície dos linfócitos. Objetivos: Avaliar os efeitos do exercício físico sobre a atividade e expressão dos componentes do sistema purinérgico em linfócitos e a sua influência sobre os fatores inflamatórios em mulheres com DM2 e mulheres saudáveis. Metodologia: A pesquisa possui delineamento quantitativo e caracteriza-se como um estudo experimental longitudinal. Os voluntários do estudo são mulheres com idade entre 40 e 60 anos, divididas em um grupo de treinamento diabético (experimental) e um grupo de treinamento saudável (controle), ambos com 65 participantes. O protocolo, conhecido como treinamento concorrente, é composto por exercícios aeróbicos combinados com exercícios de força em uma intensidade moderada. Serão realizadas 2 sessões de atividade física por semana, com duração total de 18 semanas. Ademais, haverá coleta de sangue dos voluntários, a fim de determinar, principalmente, parâmetros inflamatórios relacionados ao sistema purinérgico, incluindo análise de IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, IFN-ɣ e IL-17, por meio de um teste imunoenzimático, responsável por detectar antígenos ou anticorpos específicos. Resultados e Discussão: Espera-se que o exercício físico, por meio da sua atuação sobre o sistema purinérgico, crie um ambiente anti-inflamatório em mulheres com DM2, a fim de auxiliar no tratamento da doença. Conclusões/Considerações Finais: Espera-se que este estudo esclareça os mecanismos envolvidos na patologia da DM2 relacionados ao sistema purinérgico, relacionando esses fatores com a atuação do exercício físico sobre a inflamação, a qual encontra-se muito presente na doença. Ademais, espera-se contribuir para o entendimento sobre o envolvimento das ectonucleotidases em linfócitos, os quais podem estar alterados em mulheres com DM2.