Efeitos da atividade física e ácido ursólico em rins de ratos submetidos à indução de resposta inflamatória
Projeto de Pesquisa
Resumo
Introdução: A injúria renal aguda (IRA) é caracterizada pelo declínio da função renal e danos às células tubulares renais, e pode ser induzida em animais através da injeção intraperitoneal de lipopolissacarídeos (LPS). Para reverter esse quadro, o ácido ursólico (AU) vem sendo estudado por sua ação anti-inflamatória, ligada à supressão de NF- κB, família de fatores de transcrição que regulam a expressão de genes envolvidos em diversos processos celulares, e acredita-se que, juntamente com a sinalização purinérgica desencadeada pelo exercício físico (EF), se relacionem à nefroproteção devido à liberação de irisina. Objetivos: Avaliar os efeitos da atividade física e do uso de ácido ursólico na possível nefroproteção em modelo animal submetido à indução de resposta inflamatória, além de testar parâmetros purinérgicos. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo de cunho experimental. Os animais serão distribuídos em 8 grupos, sendo controle, EF, AU, EF + AU, controle + LPS, EF + LPS, AU + LPS, EF + AU + LPS. Os ratos serão submetidos a protocolo de exercício físico durante 6 semanas, e administrado ácido ursólico na dose de 5 mg/kg uma vez ao dia. Para indução da resposta inflamatória sistêmica, será utilizada injeção intraperitoneal de LPS na última semana do experimento e após o término do protocolo os animais serão submetidos a eutanásia para posterior coleta do sangue e rins para análise da resposta inflamatória, através da avaliação das citocinas: IL2, IL4, IL6, IL10, TNF𝛂 e Interferon 𝛄; análise de parâmetros do sistema purinérgico (expressão NTPDase, 5'-nucleotidase, e Adenosina Deaminase (ADA), atividade de CD39 e determinação do receptor P2X7); e análise dos níveis de irisina no soro. Resultados e Discussão: Espera-se que a indução inflamatória com LPS provoque dano renal, e que os grupos que realizaram atividade física e usaram o AU expressem menor dano em relação à resposta inflamatória, além de que a sinalização purinérgica no EF seja compreendida. Ainda, espera-se que a liberação de irisina seja aumentada, de modo que seus níveis sejam maiores nos grupos de associação entre exercício físico e AU. Considerações Finais: Espera-se que este estudo consiga elucidar o papel da inibição inflamatória e da sinalização purinérgica envolvidos no efeito protetor do exercício físico e do ácido ursólico contra lesões renais agudas, tornando-se uma possível terapêutica e/ou forma de prevenção para pacientes com IRA.