O TESTE DE FORÇA DE PRENSÃO MANUAL COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DA PROGRESSÃO DA SARCOPENIA ASSOCIADA À DOENÇA RENAL CRÔNICA
Resumo
Introdução: A sarcopenia é caracterizada, principalmente, pela deterioração da massa e funcionalidade muscular podendo estar associada tanto à idade quanto a condições crônicas de saúde, sobretudo em patologias renais. Dentre as metodologias para seu diagnóstico e monitoramento, o teste de força de prensão manual (FPM) apresenta-se como uma alternativa viável, de baixo custo e refino técnico, assim como, minimamente invasivo ao paciente. Para pacientes com Doença Renal Crônica (DRC), o acompanhamento da condição musculo-esquelética é fundamental para evitar as comorbidades e o declínio da qualidade de vida desta população. Objetivos: O objetivo deste estudo é identificar a funcionalidade desta metodologia na literatura científica atual, bem como suas limitações, na avaliação da sarcopenia em pacientes que diagnosticados com Doença Renal Crônica (DRC). Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Os estudos foram selecionados a partir de buscas em bases de dados eletrônicos como Pubmed e Lilacs com os descritores: “força de prensão manual”, “sarcopenia” e “doença renal crônica”; entre os anos de 2018 a 2023, em língua inglesa. Resultados e Discussão: Diversos métodos são empregados na identificação da sarcopenia, dos quais os testes de força de preensão despontam como um dos mais difundidos, práticos e economicamente viáveis. A FPM corresponde à força essencial para efetuar a contenção de objetos, assumindo relevância significativa nas atividades básicas diárias do indivíduo. A literatura tem evidenciado uma correlação entre a FPM e os biomarcadores inflamatórios que desempenham um papel central no declínio muscular observado em pacientes com comprometimento renal crônico. Tem-se indicado que a elevação dos níveis de proteína C reativa (PCR) e interleucina-6 (IL-6) está associado com a redução na FPM e um maior risco de desenvolvimento de sarcopenia. Esta avaliação, portanto, proporciona discernimentos valiosos sobre o estado inflamatório do paciente, fornecendo embasamento para a gestão da inflamação e a prevenção do agravamento da sarcopenia. Conclusões/Considerações Finais: A FPM oferece novas percepções sobre a funcionalidade e degradação muscular e do estado inflamatório, esta abordagem encontra aplicabilidade no delineamento de estratégias de intervenção individualizadas, com vistas a aprimorar a qualidade de vida e mitigar os riscos subjacentes à sarcopenia em pacientes com DRC.