Duodenopancreatectomia robótica: análise de desempenho terapêutico comparado à cirurgia aberta

Resumo simples

  • Kelen Lise Biazi UFFS
  • Jenifer Immig Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Passo Fundo (UFFS-PF)
  • Cristiane Escolástica dos Santos
  • Jorge Roberto Marcante Carlotto
Palavras-chave: Laparoscopia; Morbidade; Robótica; Sobrevida; Terapêutica

Resumo

Introdução:A duodenopancreatectomia (DPT),inicialmente,configurava-se como contraindicação à abordagem minimamente invasiva por sua complexidade cirúrgica.Todavia,com os atuais avanços,a robótica tem apresentado resultados satisfatórios em comparação à técnica aberta,mostrando-se segura e viável.Objetivos:Este estudo objetivou investigar os resultados cirúrgicos, oncológicos e de sobrevida após DPT, comparando as técnicas robótica e aberta.Metodologia:Foi realizada uma revisão da literatura com informações das bases de dados PubMed e Scielo.Para a pesquisa,os descritores utilizados foram “Pancreaticoduodenectomy”,“Robotic Surgical Procedures” e “Laparoscopy”,associados ao operador booleano “AND”.A seleção de artigos observou o período de publicação entre 2018 e 2023,sendo escolhidos textos disponibilizados na íntegra e 5 destes utilizados como referência.Resultados e Discussão:Conforme os artigos, apesar de a DPT robótica (DPTR) ainda possuir uma taxa significativa de morbidade,seu desempenho é superior à laparoscopia.O incidente mais prevalente para esse resultado é a ocorrência de fístulas pós-operatórias. Referindo-se à mortalidade, na DPTR,esta varia entre 1% a 12,5% associada, sobretudo, a hemorragias pós-pancreáticas,embora o procedimento,em geral,reduza a perda sanguínea.Contudo, ressalta-se que o maior risco de danos vasculares relaciona-se,sobretudo,a centros onde há menor capacitação técnica dos cirurgiões.Já sobre o período de internação,a DPTR possui as menores médias,fato que reduz complicações cardio-hemorrágicas,bem como custos hospitalares.Acerca do relato de sobrevida,tem-se poucos dados,pois há poucos estudos de coorte analisando o desfecho de um número considerável de pacientes.Porém há aqueles que confirmam uma menor taxa de cânceres residuais pós-ressecção.Por fim,a DPTR possui diversas vantagens técnicas em comparação à cirurgia aberta ao facilitar ressecções e suturas,bem como gerenciar de modo mais eficaz complicações intra-operatórias,considerando a melhor visualização do campo cirúrgico a partir de uma visão tridimensional.Considerações Finais:Portanto, a DPTR mostra-se promissora à terapêutica da DPT por potencializar a precisão cirúrgica e reduzir a morbimortalidade quando comparada à laparoscopia.Complicações podem ser evitadas mediante instrumentalização adequada dos operadores.Porém, sua onerosa instalação, tratando-se de uma técnica ainda pioneira no Brasil, é um desafio para a implementação no sistema público de saúde.

Publicado
04-11-2023