ATIVIDADE DA ENZIMA ADENOSINA DEAMINASE EM LINFÓCITOS DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE SUBMETIDOS A EXERCÍCIO FÍSICO DE RESISTÊNCIA

  • Natan Rodrigues de Oliveira Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Carolina Zin Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Jackson de Miranda Kophal Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Kevin Ricardo Canalle Cenci Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Keroli Eloiza Tessaros da Silva Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Angela Makeli Kososki Dalagnol Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Josiano Guilherme Puhle Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Débora Tavares de Resende e Silva Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Sarah Franco Vieira de Oliveira Maciel Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumen

Introdução: Sabe-se que a doença renal crônica está associada a um processo inflamatório de baixo grau. A ativação de linfócitos pode ser regulada pela sinalização purinérgica, por meio de enzimas conhecidas como ecto-nucleotidases, dentre as quais está a adenosina deaminase (ADA), responsável pela hidrólise de adenosina extracelular, a convertendo em inosina. A adenosina circulante apresenta um efeito imunossupressor e anti-inflamatório. O exercício físico é uma intervenção não farmacológica capaz de modular os componentes do sistema purinérgico e promover um quadro sistêmico anti-inflamatório. Objetivos: Analisar a atividade da adenosina deaminase em linfócitos antes e após 12 semanas de treinamento físico de resistência, em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, intervencional, descritivo e comparativo. Foram selecionados 31 pacientes em tratamento hemodialítico, os quais foram submetidos a um protocolo de exercício físico de resistência, 3 vezes por semana por 12 semanas. A coleta de sangue foi realizada antes e após o término do protocolo. Os linfócitos foram separados e a atividade da enzima ADA foi mensurada por ensaios colorimétricos. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Resultados e Discussão: A média de idade dos participantes foi 50,90±16,36 anos, dos quais 51,61% são do sexo masculino, e a doença de base mais prevalente foi a hipertensão arterial, aparecendo em 25,80% dos casos. Em relação à ADA, observou-se aumento significativo em sua concentração (p<0,0006) após o protocolo de exercício. Conclusões/Considerações Finais: A aplicação do protocolo de exercício físico resistido em pacientes em hemodiálise promoveu alterações sobre os padrões da atividade da ADA, a qual apresentou um aumento. O aumento da atividade da ADA indica uma diminuição de adenosina circulante, o que pode estar relacionado com um menor quadro de ação imunossupressora e anti-inflamatória por parte da própria adenosina. Ainda assim, é necessário comparar os valores de atividade da ADA com níveis de ATP extracelulares para ter uma relação concisa com o perfil inflamatório e imunossupressor.

Publicado
14-09-2022