COMPORTAMENTOS TIPO DEPRESSIVOS E ESTRESSE OXIDATIVO EM RATOS ADULTOS SUBMETIDOS A ESTRESSE NA INFÂNCIA - POTENCIAL TERAPÊUTICO DA ESPÉCIE ALOYSIA CITRIODORA

  • Jesiel de Medeiros universidade federal da fronteira sul
  • Silvio José Batista Soares Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Amanda Gollo Bertollo Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Severina Silva Amaral Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gilnei Bruno Da Silva Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Daiane Mânica Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Margarete Dulce Bagatini Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Zuleide Maria Ignácio Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Transtorno Depressivo Maior. Privação Maternal. Aloysia Citriodora. Neuroproteção. Estresse Oxidativo.

Resumo

Introdução: Pesquisas científicas evidenciam que o estresse na infância prejudica o desenvolvimento cerebral, podendo culminar em Transtorno Depressivo Maior (TDM) somado à falta de resposta terapêutica aos tratamentos antidepressivos. Por essas razões, a busca por agentes mais efetivos para o TDM, vem incluindo as plantas medicinais como estratégias terapêuticas que possam interferir em mecanismos biológicos relevantes na Depressão Resistente a Tratamentos (DRT). Objetivos: Avaliar o efeito do tratamento com extrato da espécie Aloysia citriodora (Ac), sobre comportamentos tipo depressivos e balanço oxidativo em ratos submetidos a estresse de Privação Maternal (PM) nos primeiros dias de vida. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa de cunho experimental. Os animais foram divididos em 4 grupos (N = 10/grupo): Controle sem estresse + veículo (Controle sem estresse); PM + veículo (Controle negativo); PM + Escitalopram (controle positivo) 10 mg/kg; PM + Extrato de Ac 30 mg/kg. Os animais foram submetidos à PM por 10 dias após o 1º dia de nascimento. Com 60 dias de idade, foram submetidos ao tratamento crônico por 14 dias de acordo com o objetivo de cada grupo. Ao fim do tratamento, foram submetidos aos protocolos de desespero comportamental com o teste de natação forçada. Em seguida os animais foram eutanasiados e o hipocampo foi retirado e armazenado em temperatura aproximada de -70ºC, para posterior análise de estresse oxidativo. Resultados e Discussão: O grupo que sofreu o estresse de PM, aumentou significativamente a imobilidade e reduziu o tempo de natação. A Ac reduziu significativamente a imobilidade e aumentou a natação, similarmente ao escitalopram. Quanto a avaliação de estresse oxidativo, a PM aumentou a atividade da mieloperoxidase (MPO) no soro. A Ac reduziu a atividade da MPO, porém não reverteu aos níveis dos animais sem estresse. Em relação às Substâncias Reativas ao Ácido Barbitúrico (TBARS), um outro parâmetro de estresse oxidativo, a PM induziu um aumento significativo tanto no soro, quanto no hipocampo. Tanto a Ac quanto o escitalopram reverteram o aumento de TBARS no hipocampo. No soro, os tratamentos reduziram as TBARS, porém o resultado não chegou a um nível estatisticamente significante. Conclusões/Considerações Finais: Os resultados sugerem que a Ac apresenta potencial efeito antidepressivo e antioxidante, tanto no soro, quanto no tecido cerebral hipocampal.

Publicado
15-09-2022