ÓBITOS POR AIDS NO BRASIL DE 2000 A 2012

Um estudo descritivo e retrospectivo

Resumo

Introdução: A infecção pelo HIV e AIDS faz parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças (Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017), sendo que a AIDS é de notificação compulsória desde 1986; a infeção pelo HIV em gestantes, desde 2000; e a infecção pelo HIV, desde 2014. Dentre as regiões do Brasil, o Nordeste destaca-se por concentrar grande parte das mortes por AIDS, evidenciando problemas sociais. Objetivos: Descrever uma comparação da frequência por ano de óbitos por AIDS no Brasil entre os anos de 2000 a 2012. Metodologia: Trata-se de estudo retrospectivo e descritivo, realizado entre os anos de 2000 a 2012 no Brasil. Utilizamos a estatística descritiva para descrever os dados do estudo, em forma de frequências absolutas. Resultados e Discussão: Durante o período de 2000 a 2012, observa-se um aumento da frequência por ano de óbitos por AIDS, tendo um total de 1.147 óbitos por AIDS em 2000, enquanto que em 2012 esse valor quase duplicou, conferindo 2.292 – o que demonstra que ao acumular todo esse período, obteve-se um total de 21.934 óbitos por AIDS em 12 anos. Além disso, a região Nordeste apresentou maior expressividade quando comparada com as outras regiões brasileiras, com destaque para os estados da Bahia e de Pernambuco, que juntos somam mais de 50% dos óbitos totais no período analisado. Já as regiões Sul e Sudeste foram as que apresentaram a menor frequência de óbitos por ano em decorrência da AIDS. Conclusão: A AIDS representa uma síndrome que tem voltado a se tornar prevalente na população, muitas vezes por falta de informação e conscientização, tendo embasamento nos dados de que com o passar dos anos, tem ocorrido um aumento dos óbitos por essa doença, configurando um problema de saúde pública.