A QUÍMICA DOS SANEANTES COMO MEDIDA DE PREVENÇÃO A COVID-19

  • Ianara Fabiana Ramalho Dias Alves Faculdade Ciências Médicas Da Paraíba
  • Iara Oliveira Costa
  • Carolina Feitosa de Oliveira
  • Bruna Sampaio Lopes Costa
  • Lívia Menezes Escorel
  • Darlana Nalrad Teles Leite
  • Michelle Sales Barros de Aguiar

Resumo

Introdução: O número crescente de casos de COVID-19 divulgado diariamente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca esta doença pela elevada contaminação e agravamento rápido no estado de saúde dos pacientes. A disseminação ocorre por gotículas de pessoas infectadas que contaminam objetos e superfícies onde outros colocam as mãos e levam ao nariz, boca e olhos, além da possibilidade de inalação. Deve-se ressaltar que, dependendo da superfície em que se encontra, o SARS-CoV-2 pode permanecer ativo por até 72 horas em temperatura ambiente. Medidas preventivas simples, como o uso de desinfetantes químicos, são essenciais para a higiene regular das mãos, objetos e superfícies preconizadas pelos órgãos de saúde. Objetivos: Descrever a ação dos saneantes em combate ao COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, utilizando os descritores utilizados “Desinfetante”, “Covid-19” e “Sars-Cov-2”, combinados com os operadores booleanos “AND” e "OR”. Os critérios de inclusão aplicados foram: textos que estivessem disponíveis na íntegra de forma gratuita, indexados na base de dados: MEDLINE e LILACS, disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), GOOGLE SCHOLAR, publicados nos últimos cinco anos, em português. Resultados e Discussão: As análises dos artigos demonstram que a ação dos saneantes está associada à existência de fortes forças intermoleculares, como sabões e produtos à base de álcoois, como etanol, o isopropanol e o n-propanol, cujos princípios ativos causam a desestruturação de proteínas e membranas biológicas do microorganismo ou, associada à capacidade oxidativa de um dado agente biocida, como hipoclorito e peróxidos, sobre as moléculas orgânicas existentes na estrutura dos microrganismos alvos (proteínas, ácidos nucléicos e lipídeos), ambas as ações proporcionando a inativação do vírus e impossibilita seu RNA de ser replicado na célula hospedeira. Desta forma, é de suma importância que os consumidores sejam devidamente informados sobre a composição, o grau de eficiência e forma de aplicação dos produtos por eles adquiridos para higienizar as mãos, objetos e superfícies. Conclusão: O uso de saneantes adequados para a higiene pessoal e superficial começou a se tornar um ator importante na luta contra a propagação de doenças infecciosas. Isso afeta diretamente a redução da morbidade e dos óbitos, bem como a redução dos custos relacionados ao sistema global de saúde. Acredita-se que diante da enorme diversidade genética, da frequente reorganização desses genomas virais e da possibilidade de transmissão interespécie, novos coronavírus devam afetar regularmente o homem, e os desinfetantes desempenham papel fundamental na desinfecção, o que recomenda a necessidade de mais pesquisas.

Publicado
23-03-2021