PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DOS FLAVONOIDES NO TRATAMENTO DO CÂNCER ATRAVÉS DE SUA MODULAÇÃO AUTOFÁGICA
uma revisão sistemática
Resumo
Introdução: Câncer é o nome dado ao conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células, por meio de uma alteração do ciclo celular. Nesse sentido, muito tem-se estudado sobre os flavonoides, fitocompostos que atuam no controle da proliferação celular e no bloqueio de formação de neoplasia, sobretudo através da regulação autofágica da célula. Devido a este potencial quimioterapêutico frente ao câncer, cada vez mais estudos apontam o uso terapêutico dos flavonoides, bem como seu potencial prognóstico e profilático. Objetivos: Compreender e realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a relação da autofagia e o câncer quando utilizado o uso de flavonoides como quimioterapia. Metodologia: Foram utilizados os descritores “mTOR pahtway”, “cancer”, “flavonoids” e “autophagy” nas seguintes bases de dados: Scopus, Pubmed, Cochrane Libray e Web of Science. Os estudos escolhidos foram aqueles que tinham associavam de maneira direta e clara os temas da pesquisa e a presença de grupos controle na realização dos experimentos. Resultados e Discussão: Os estudos analisados utilizaram a técnica de western blotting para a avaliação da autofagia, utilizando como medidores autofágicos os compostos: LC3-II, p62, Beclin-1, ATG 5 e ATG 7. As formações de autofagossomos foram analisadas por meio de microscopia eletrônica/fluorescente/de contrates e análises PCR. Os flavonoides mostraram ser capazes de potencializar a função das proteínas ATG, fundamentais para a formação de autofagossomos. Além disso, esses fitocompostos também levaram à redução ou ao bloqueamento da via inibidora de autofagia PI3K/AKT/mTOR. Por fim, os flavonoides também atuam induzindo as ciclinas dependentes de quinase (CDK) a parar o ciclo celular no ponto de checagem G2/M, levando à morte celular tanto por autofagia quanto por apoptose. Conclusão: Este estudo evidencia a aparente relação terapêutica dos flavonoides em células cancerígenas, pelo caminho da autofagia, avaliada in vitro. O uso de flavonoides parece ter um importante papel terapêutico em células cancerígenas, porém, mais estudos podem ser necessários para confirmação de tal evidência.
