A prática dos cuidados paliativos direcionada a pacientes oncológicos

uma revisão simples da literatura

  • Leonardo da Veiga UFFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
  • Millena Daher Medeiros Lima UFFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
  • Maria Luiza Mukai Franciosi UFFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
  • Arthur Kohatsu Yanase UP - Universidade Positivo
  • Andréia Machado Cardoso UFFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
Palavras-chave: Cuidados paliativos, Qualidade de vida, Pacientes oncológicos

Resumo

Introdução: Os cuidados paliativos (CP) consistem em uma série de medidas aplicadas por equipes multiprofissionais de saúde que visam aliviar a dor e o sofrimento de pacientes que se encontram em estado terminal, como o câncer em estágio avançado. Por meio de estratégias de atenção e apoio, seja físico, espiritual e/ou psicológico, é possível contribuir para melhor efetividade do tratamento e promover um maior conforto a esses pacientes. Objetivo: analisar aspectos relacionados aos impactos das práticas de CP na qualidade de vida (QV) de pacientes oncológicos. Metodologia: Trata-se de uma revisão simples da literatura realizada por meio de pesquisas nas bases de dados PubMed e Scielo, utilizando os descritores “cancer”, “palliative care” e “quality of life” associados ao operador booleano “AND”. Foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2010 a 2020. Resultados e Discussão: Os artigos selecionados neste estudo evidenciam a relevância da qualidade do cuidado necessário, principalmente, nos últimos meses de vida. Achados na literatura atual sugerem que, além dos procedimentos baseados na administração de fármacos que aliviam a dor, o planejamento nutricional adequado melhora a sensação de bem-estar relatada por pacientes oncológicos em geral, a qual é maximizada, também, através da prática da religiosidade. Assim, foram apresentados dados que indicam uma significativa melhora na sobrevida de indivíduos em estado terminal do câncer, quando submetidos aos cuidados paliativos, se comparados à administração de terapias mais agressivas, tais como a quimioterapia e internações hospitalares, que, em contrapartida, acarretam na piora da QV. Além disso, destacam-se alguns procedimentos percutâneos voltados a minimizar a dor sentida por pacientes em estágios avançados da doença, tais como a neurólise, que impõe menos efeitos colaterais em comparação aos opioides normalmente utilizados, indicada para pacientes com expectativa de vida de 6 a 12 meses, e a ablação, a qual apresenta, quando utilizada em terapias combinadas, uma eficácia maior do que, por exemplo, a realização apenas da radioterapia, sendo indicada a pacientes com dores localizadas e consideradas, no mínimo, moderadas. Sendo assim, os artigos defendem a importância da garantia ao acesso a esse modelo de cuidado por parte dos usuários dos sistemas de saúde, visto que agrega diversos benefícios no controle dos sintomas psicossociais e físicos. Cabe pontuar, ainda, a necessidade de uma formação médica que capacite os profissionais para atuarem de maneira humanizada por meio dessas condutas terapêuticas. Conclusão: os cuidados paliativos são imprescindíveis no acompanhamento de pacientes oncológicos, em especial os que se encontram em estado terminal. Para isso, deve-se considerar não apenas os métodos convencionais de tratamento, como a administração de opioides, mas também o acompanhamento nutricional, incentivo ao desenvolvimento da espiritualidade e a realização de procedimentos percutâneos, que têm, também, a capacidade de melhorar a qualidade de vida desses indivíduos, além de apresentarem efeitos colaterais minimizados.

Publicado
25-03-2021