SÍNDROME DE BURNOUT EM MÉDICOS QUE ATUAM NO BRASIL

REVISÃO SISTEMÁTICA

  • Rene Lopes Nogueira Neto UFFS
  • Marcelo Jubini UFFS
  • Felipe Kogima UFFS
  • Fernanda Dos Anjos UFFS
  • Jonatha Wruck UFFS
  • Gilnei Fitler Soares UFFS
  • Paulo Henrique de Araújo Guerra, Dr. UFFS

Resumen

Introdução: A Síndrome de Burnout (SB) representa o estado de esgotamento contínuo e persistente de uma pessoa no seu trabalho, sendo o produto de três dimensões relacionadas, mas que são independentes: exaustão emocional, despersonalização e pouca realização no trabalho. Diante de uma série de fatores estressantes na rotina profissional de um médico, que envolvem, por exemplo, a elevada carga horária, a pequena margem para erros, a elevada cobrança de produtividade aliada à falta de apoio psicológico e à gestão inflexível, torna-se pontual a identificação dos fatores que estão associados à SB nesta categoria profissional. Objetivos: Recuperar a evidência disponível dos estudos que abordam a SB em médicos que atuam no Brasil e identificar os principais fatores que lhe estão associados. Metodologia: Uma revisão sistemática foi conduzida, com aplicação de buscas sistemáticas em três bases de dados eletrônicas (Lilacs, Pubmed e Scielo) e na página de um periódico científico da área médica (Journal of the American Medical Association – JAMA), buscando por artigos científicos originais, que abordaram a SB em médicos formados que atuavam no Brasil (sem restrição por especialidade, identificando prevalências e fatores associados), escritos em português, espanhol ou inglês e publicados em algum dos anos compreendidos entre 2007 e 2017. Os processos de leitura, seleção e extração dos dados originais dos artigos foram realizados de forma independente, entre os meses de agosto e outubro de 2018. Resultados e Discussão: De 130 artigo iniciais, 23 responderam adequadamente aos critérios de inclusão e compuseram a síntese da presente revisão. Neste conjunto, observou-se predominância na utilização do questionário Malasch Burnout Inventory para identificação da SB. Das principais variáveis identificadas, os estudos disponíveis apontaram manifestações da SB em profissionais com idades a partir dos 40 anos de idade, com frequência mais elevada em mulheres. Médicos plantonistas foram mais acometidos pela SB, com evidências disponíveis também em médicos anestesiologistas, docentes, cirurgiões, residentes, intensivistas, obstetras, pediatras e médicos da família, respectivamente. Em relação ao tempo do exercício da profissão, obteve-se uma média de 18 anos. Associado a isso, a carga horária nominal de trabalho encontra-se no intervalo de 34 a 72 horas/semanais, sendo, respectivamente, 153 a 324 horas de trabalho acumuladas no mês. Conclusão: A partir da identificação inicial dos grupos de risco, estratégias prévias são necessárias para o controle da SB. Por outro lado, novos estudos são necessários para a compreensão da magnitude e das relações temporais destas variáveis nos médicos que atuam no Brasil.

 

Palavras-chave: Burnout; Médicos(as); Brasil.

Biografía del autor/a

Rene Lopes Nogueira Neto, UFFS

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

Marcelo Jubini, UFFS

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

Felipe Kogima, UFFS

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

Fernanda Dos Anjos, UFFS

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

Jonatha Wruck, UFFS

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

Gilnei Fitler Soares, UFFS

Acadêmico do Curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

Paulo Henrique de Araújo Guerra, Dr., UFFS

Doutorado em Cardiologia, DOcennte do Curso de Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

Publicado
01-11-2019