SINDROME DA APNEIA COMO FATOR DE RISCO VASCULAR: uma revisão literária

SINDROME DA APNEIA COMO FATOR DE RISCO VASCULAR: uma revisão literária

  • Izadora Czarnobai Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gabriel Milan Ebers
  • Jessica Daniela Schroder
  • Marcos Dias Wordell
  • Tália Cássia Boff
  • Andréia Machado Cardoso

Resumen

Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. 80% dos episódios poderiam ser evitados através de mudanças de hábitos, prevenção e controle dos fatores de riscos, como por exemplo a apneia, que pode gerar alterações hemodinâmicas e cardiovasculares. As diferentes síndromes de apneia/hipopneia parecem inclusive estar mais ligadas as doenças cardiovasculares, quanto maior seu grau de gravidade e cronicidade. Objetivos: Realizar uma revisão da literatura sobre o papel da apneia do sono como fator de risco para doenças vasculares. Metodologia: Foram realizadas buscas na base de dados PubMed, entre os anos de 2014 e 2019. Os descritores utilizados foram “sleep apnea syndromes” e “vascular diseases”. Um total de 25 artigos foram utilizados nesta revisão. Resultados e Discussão: Estudos demostram que a apneia do sono foi associada ao aumento dos níveis de fibrinogênio, bem como aos sinais precoces de aterosclerose devido ao aumento da espessura da camada intima e a incidência de acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, também está associada a outros fatores de riscos do AVC como a hipertensão - 100% dos pacientes com hipertensão refrataria foram diagnosticados com apneia obstrutiva do sono e 89,3% foram diagnosticados com hipertensão resistente-  e elevação da pressão sanguínea durante a noite, além de atuar como fator negativo na recuperação funcional do AVC isquêmico, sendo seu tratamento através do CPAP, aparelho que auxilia na oxigenação, uma recomendação para redução de riscos e melhora dos processos curativos. Outrossim, a apneia pode aumentar as chances ou agravar quadros de tromboembolismo pulmonar agudo e aumentar o risco de trombose venosa profunda. É valido ressaltar que as complicações estão diretamente associadas ao tempo de apneia ou hipopneia. Conclusão: A apneia é apontada como um fator de risco importante para doenças vasculares, portanto, deve-se considerar o rastreio em pacientes hipertensos ou com algum sinal de acometimento cardiovascular, com o propósito de reduzir as chances, ou até mesmo evitar complicações vasculares. Diante dos achados, nota-se a importância de tratar a apneia, sendo o CPAP, o tratamento adequado para esses casos, com resultados positivos na diminuição dos riscos de complicações vasculares.

Publicado
01-11-2019