O EFEITO DE PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO DE ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL
Uma revisão sistemática de casos clínicos randomizados
Resumo
Introdução: A artrite idiopática juvenil (AIJ) faz parte de um grupo de doenças autoimunes que acomete crianças e jovens adultos com quadros inflamatório nas articulações de forma simétrica e pode levar a complicações funcionais, destruição articular progressiva, deformidades, além de redução na qualidade de vida e até morte prematura. O tratamento com probióticos em indivíduos acometidos com AIJ parece exercer uma modulação imunológica levando a diminuição do quadro inflamatório característico dessa doença. Objetivos: Esta revisão sistemática tem como objetivo investigar a eficiência do uso de probióticos como coadjuvante no tratamento para artrites reumatoides em crianças e jovens adultos. Metodologia: Através de pesquisas junto aos bancos de dados eletrônicos – PubMed e American College of Rheumatology, detalhadas sobretudo pelos descritores: pediatric rheumatology, juvenile rheumatology e probiotic, que possibilitaram uma extensa análise da literatura, além da seleção de estudos clínicos e de análises transversais. Resultados e Discussão: Foram identificados 187 artigos dos quais 184 foram excluídos por não apresentarem relação da microbiota com a artrite reumatoide juvenil, juntamente com outros critérios de elegibilidade estabelecidos, assim sendo nos três artigos selecionados foram observados um total de 129 pacientes. A microbiota intestinal desempenha um importante papel no sistema imune, uma vez que desequilíbrios na população de microrganismos em nosso trato intestinal pode promover a desregulação nos níveis de citocinas pró e anti-inflamatórias que podem resultar na inflamação sinovial. Conclusão: Estudos sugerem a existência de uma relação entre microbiota intestinal e quadros inflamatórios autoimunes. No entanto, esta revisão sistemática infere que jovens e adultos diagnosticados com AIJ possuem uma disbiose em suas microbiotas, porém os efeitos benéficos do uso de probióticos para mitigação da doença ainda permanecem incertos.