A ENFERMAGEM REFLETINDO SOBRE AS VIVÊNCIAS DA MULHER IMIGRANTE HAITIANA NO BRASIL

  • Bruna Bartolomey UFFS
  • Evelyn do Rosario
  • Amanda Althaus Bonin
  • Jeane Barros de Souza
  • Valéria Silvana Faganello Madureira
  • Larissa Hermes Thomas Tombini
Palavras-chave: Emigrantes e Imigrantes; Saúde da Mulher; Promoção da Saúde; Populações vulneráveis

Resumo

Introdução: a relação entre saúde e imigração existe desde as origens históricas do Brasil, no entanto, a partir dos processos migratórios surgiram alguns questionamentos sobre a saúde das pessoas que vivenciam situações de deslocamento em busca de melhores oportunidades de vida. Atualmente, uma variedade de imigrantes chega ao Brasil, incluindo mulheres que enfrentam diversos desafios como dificuldade de comunicação, preconceito, desigualdade de gênero, falta de acesso à informação e aos serviços de saúde. Diante disso, observa-se a importância da realização de estratégias para a promoção da saúde da mulher imigrante haitiana no Brasil, por meio de ações que incentivam e facilitam o acesso aos serviços de saúde. Objetivo: compreender as vivências das mulheres imigrantes no Brasil, à luz da Promoção da Saúde. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, de abordagem qualitativa, fundamentada nos pressupostos teóricos de Promoção à Saúde. O estudo conta com a participação de aproximadamente 15 mulheres imigrantes haitianas, residentes no município de Chapecó, Santa Catarina, Brasil. As entrevistas estão sendo realizadas de forma presencial nas residências das mulheres imigrantes, com data e hora marcadas antecipadamente. A coleta de dados está sendo realizada por meio de um roteiro, contendo questões semiestruturadas que envolvem aspectos como: conceito de saúde; desafios em recomeçar a vida no Brasil; dúvidas sobre a manutenção da saúde e da sua família no Brasil; vivências da gestação e do parto; potencialidades e dificuldades na vivência da mulher imigrante haitiana no Brasil. Os dados serão analisados por meio da análise de conteúdo. Resultados e Discussão: a coleta de dados ainda não foi encerrada no estudo, mas já pode-se evidenciar que as mulheres imigrantes haitianas vivenciam diversas vulnerabilidades no Brasil, como a falta de informação quanto a seus direitos, que incluem o acesso à saúde, bem como a dificuldade para aprender a língua portuguesa, visto que muitas não trabalham e permanecem dentro de suas casas cuidando de seus filhos, enquanto o esposo saí para trabalhar, o que dificulta a interação com brasileiros e estabelecimento de novos vínculos, como também a aprendizagem da língua portuguesa. Considerações finais: espera-se que a partir da compreensão sobre as vivências da mulher imigrante no Brasil, possa suscitar reflexões e contribuições no repensar de estratégias e políticas para a promoção da saúde e qualidade da assistência prestada às mulheres imigrantes no Sistema Único de Saúde, dando ênfase também a importância da formação profissional para atuar no cuidado a esta população.

Publicado
27-06-2023