A CONSTRUÇÃO DE UM MAPA INTELIGENTE PARA MONITORAMENTO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Indicadores básicos de saúde; Saúde Pública.Resumo
Introdução: O monitoramento em saúde vem sendo utilizado amplamente nas equipes de saúde para facilitar o processo de vigilância. A estratégia de mapas inteligentes permite a visualização dos usuários por território de abrangência e o acesso rápido a alguns dados importantes de cada um para acompanhamento. A residência em saúde da família possibilita aos profissionais contribuir na vigilância, instituindo espaços de trabalho em saúde. Objetivo: Relatar a experiência da construção de mapas inteligentes para o monitoramento de saúde em uma unidade de saúde da cidade de Curitiba/PR. Metodologia: Desenvolveu-se, no programa de residência multiprofissional em saúde da família, da Prefeitura Municipal de Curitiba/PR, a construção de mapas inteligentes. A atividade foi realizada no mês de janeiro de 2020 e foi conduzida por enfermeiras residentes. Também contou com a participação de agentes comunitárias de saúde (ACS) e de uma enfermeira que desenvolve a função de preceptoria das residentes. Primeiramente elaborou-se dois murais, sendo um para gestantes e outro para crianças menores de um ano. Após, esses murais foram separados por área de abrangência conforme divisão territorial. No mural que contempla as gestantes residentes no território foram fixados 68 bonecos em material E.V.A no formato de gestante. Cada boneco leva o nome de uma mulher e sua data provável de parto. Já no mural das crianças menores de um ano, foram fixados 60 ‘pezinhos’ feitos do mesmo material com o nome de cada criança e sua data de nascimento. As gestantes e crianças de alto risco foram identificadas com alfinetes coloridos. A construção dos murais durou cerca de duas horas e foi atualizado pelas ACS durante os meses seguintes. Os murais foram fixados na sala dos enfermeiros. Resultados e Discussão: No primeiro momento o recurso dos murais foi pouco utilizado até a adaptação da equipe. As ACS e enfermeiras consideraram útil a ferramenta que atendeu à demanda de monitoramento de crianças e gestantes. Sabendo do número de faltosos em consultas deste grupo de usuários, os mapas inteligentes facilitaram a visualização dos inscritos em cada área de abrangência. Além disso, proporcionaram aos envolvidos refletir sobre a vigilância em saúde e sua relação com o território no processo saúde-doença. Considerações finais: Notou-se que a presença das enfermeiras residentes no processo de monitoramento das gestantes e crianças por meio do mapa inteligente auxiliou a equipe nas atividades durante o mês, o que facilitou o trabalho em relação ao uso de relatórios semanais/mensais. Também contribuiu para a troca de informações entre plantões e/ou profissionais sobre determinado usuário do serviço que está em monitoramento. Espera-se que novos mapas possam ser implementados para os demais grupos de usuários acompanhados pela unidade de saúde, a exemplo de hipertensos e diabéticos.
