IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: COMO DESENVOLVER PARCERIAS ENTRE EQUIPES, PACIENTES, FAMÍLIAS E ACOMPANHANTES
Resumo
Introdução: A identificação do paciente é uma das metas internacionais de segurança descrita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e compõe um dos protocolos de segurança propostos pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Tem como propósito assegurar que o paciente receba o procedimento que é a ele destinado, visando minimizar possíveis riscos a que o paciente está exposto. No PNSP é destacado o eixo “Envolvimento do cidadão na sua segurança”, o qual aborda os pacientes, famílias e acompanhantes como parcerias para promover a prevenção de falhas e danos que possam vir a acometer a integridade do usuário do sistema de saúde. Assim, torna-se necessária a integração entre profissionais, pacientes e famílias no processo de cuidado, promovendo conhecimento acerca dos seus direitos e da necessidade que participem ativamente da assistência. Objetivo: Desenvolver material informativo sobre identificação do paciente para promover a participação do paciente e família na sua segurança. Metodologia: Trata-se de um recorte de um projeto de extensão, desenvolvido em Instituição de Ensino Superior do Sul do país, com início em 2020, cujo percurso metodológico prevê a elaboração de materiais visuais acerca do objeto em estudo. Para tanto, buscaram-se documentos, que abordassem o envolvimento do paciente e da família na sua segurança, publicados pelo Ministério da Saúde (MS) e OMS. Foram selecionados: PNSP (2014), Protocolo de Identificação do Paciente (2013) do MS e a ação Pacientes pela Segurança do Paciente da Aliança Mundial pela Segurança do Paciente da OMS (2008). Procedeu-se à análise de conteúdo de Bardin para compor a síntese das informações. Resultados e Discussão: A análise dos documentos subsidiou a produção de informativos, organizados em oito telas, em linguagem de fácil compreensão para o público-alvo. A apresentação e abordagem deu-se através de materiais visuais que buscam por meio da assimilação entre texto e imagem repassar a mensagem ao leitor, com foco na segurança do paciente e na importância do uso da pulseira como uma oportunidade de interceptar erros e reforçar o compromisso com a cultura da segurança. Além disso, foram descritos os momentos em que a identificação do paciente deve ser conferida, utilizando-se ícones e textos enxutos. Desse modo, enfatizou-se como o usuário e a família podem intervir e auxiliar nesses momentos, destacando maneiras de questionar os profissionais a despeito da realização dos processos de conferência da identificação previamente ao atendimento. Ainda, traz situações em que o paciente possa cooperar com os profissionais responsáveis pelo seu atendimento, através da verificação de rótulos de frascos de exames e de medicamentos, por exemplo. Considerações finais: O processo de construção de materiais informativos mobilizou a promoção da participação do paciente, família e acompanhantes na sua segurança, considerando a estratégia de disseminação da informação. Neste contexto, a educação em saúde surge como uma possibilidade de conscientização da própria realidade proporcionando empoderamento do paciente durante seu cuidado e uma nova abordagem de relação entre profissionais, pacientes, família e acompanhantes. Aponta-se como limitação a etapa ainda não finalizada sobre o retorno do público alvo em relação à compreensão dos materiais produzidos.