ALEITAMENTO MATERNO E O CRESCIMENTO ATÉ O SEXTO MÊS DE VIDA

Autores

  • Luana Cecilia Rocha Unioeste - Campus Cascavel
  • Marialda Moreira Christoffel UFRJ
  • Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira Toso Unioeste - Campus Cascavel
  • Ariana Rodrigues Silva de Carvalho Unioeste - Campus Cascavel
  • Kamila Caroline Minosso Huop - Cascavel
  • Cláudia Silveira Viera Unioeste - Campus Cascavel

Palavras-chave:

aleitamento materno; crescimento; lactente

Resumo

Introdução: O leite materno é considerado o alimento essencial e único necessário para os lactentes até os seis meses de vida porque, além de ser fator protetor contra a mortalidade infantil e diversas morbidades, o aleitamento materno exclusivo nessa fase da vida influencia diretamente no crescimento saudável ao longo da vida das crianças. Objetivo: Descrever o crescimento pondo-estatural dos bebês com seis meses de vida que estiverem em aleitamento materno exclusivo com o aleitamento complementar ou misto. Metodologia: Trata-se de estudo quantitativo, de desenho transversal, em que a coleta de dados ocorreu no período de janeiro a março de 2020, em unidades de saúde de Cascavel com 38 lactentes com idade entre cinco a seis meses de vida que estavam na sala de espera para atendimento médico, de puericultura ou na vacinação. Os dados foram analisados por estatística descritiva com frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão (DP). Foi obtido o parecer de aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos, número 2.507.525, em 22/02/2018, CAAE número 80711517.8.1001.5238 atendendo às Resoluções 466/2012 e 510/2016, ambas do Conselho Nacional de Saúde. Resultados e Discussão: O tipo de aleitamento para a maioria (N=19/50%) da amostra foi de predominantemente leite materno, seguido de 9 (23,7%) predominantemente leite artificial e apenas 8 (21,0%) estavam exclusivamente com leite materno, de modo que se observa baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo. Comparando o tipo de aleitamento às medidas de peso, altura e perímetro cefálico (PC), observou-se que nos lactentes com aleitamento materno exclusivo apresentaram média de peso de 6910 g (DP+861,56), altura de 64,36 cm (DP+2,35) e PC de 42,29 cm (DP+1,46). Para o aleitamento materno predominante, encontrou-se os seguintes valores de média para as medidas de peso 7673 g (DP+835,83), altura 65,96 cm (DP+2,30) e PC 43,42 cm (DP+1,14). Já os dados daqueles em aleitamento predominantemente artificial foram de peso 7296 g (DP+921,18), altura 66,00 cm (DP+4,29) e PC 44, 08 cm (DP+1,35). Os resultados evidenciam que as crianças em aleitamento materno exclusivo possuíam as medidas de crescimento pondo-estatural semelhantes aos demais tipos de aleitamento, com tendência a serem inferiores, porém, as médias apresentaram-se dentro do escore Z esperado para a idade. Essas implicações ressaltam a importância do aleitamento materno na saúde do lactente, principalmente, nos primeiros meses de vida, influenciando positivamente em seu desenvolvimento e crescimento saudável, auxiliando na prevenção de morbidades no decorrer da vida, como por exemplo, obesidade e diabete mellitus ainda na infância ou adolescência. Considerações finais: Os lactentes em exclusivo aleitamento materno, obtiveram valores menores das variáveis antropométricas avaliadas em relação aos outros tipos de aleitamento. Nesse sentido, diante da baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo identificada neste estudo, torna-se imprescindível a compreensão dos profissionais de saúde, em especial, dos enfermeiros acerca da necessidade de estimular a sua promoção desde a gestação.

Publicado

24-09-2024