TAXA DE DETECÇÃO DE CÂNCER DE MAMA EM UM CENTRO DE DIAGNOSTICO NO SERTÃO DA BAHIA

Autores/as

  • Lorenna Neves de Carvalho Hospital do Câncer de Barretos
  • Kamila Juliana da Silva Santos UNIVASF http://orcid.org/0000-0002-1478-8105
  • Lara Thaisa de Souza e Silva UNIVASF
  • Ana Paula Teixeira da Silva UNIVASF
  • Thamires Rats de Souza Barbosa
  • Marcos Duarte Guimarães UNIVASF

Palabras clave:

Diagnóstico precoce, Rastreamento, Neoplasias da mama

Resumen

Introdução: As estimativas do Instituto Nacional do Câncer - INCA para o ano 2019 no Brasil, sobre câncer de mama, apontaram ocorrência de 59.700 casos novos e taxa bruta de incidência de 53,33 casos para cada 100.000 mulheres.  Regionalmente, o Nordeste se destacou com 11.860 casos novos e taxa bruta de 40,36/100.000 no mesmo ano, atrás apenas da região Sudeste, que revela a maior taxa do país, 69,50/100.000. Esta neoplasia, figura como primeira causa de morte entre mulheres brasileiras, sendo a mais incidente na população feminina, excluído o câncer de pele não melanoma.  A detecção precoce do câncer de mama está estabelecida como fator importante na redução da mortalidade.  No Brasil as desigualdades regionais influenciam no acesso da população e na oferta de serviços de prevenção, controle e tratamento. A região Norte da Bahia, Sertão nordestino, pertence a este contexto. No entanto, desde 2007 conta com um centro de diagnóstico especializado para a detecção de Câncer localizado na maior cidade da região, Juazeiro-BA. Objetivo: Estimar a taxa de detecção de câncer de mama em mulheres atendidas em um centro de diagnóstico no Sertão da Bahia no período de 2007 a 2018. Metodologia: Foi realizado um estudo de agregados com dados secundários do Instituto Ivete Sangalo/Fundação Pio XII situado na cidade de Juazeiro-BA, com sede na cidade de Barretos-SP. Este oferece serviços de detecção de câncer de mama para a população de nove municípios que compõem a Região de Saúde Norte da Bahia. A instituição realiza exames de Mamografia (MMG), além de exames complementares de imagem. O serviço dispõe de dois mamógrafos digitais distribuídos em uma unidade fixa e outro em uma unidade móvel que se desloca para a realização do exame nas cidades assistidas. O diagnóstico é confirmado própria instituição com biópsia. Foi realizada análise descritiva através do Microsoft Excel (Office® 365). A pesquisa foi aprovada e autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Vale do São Francisco em 08 de agosto de 2018, CAAE: 79718517.6.0000.5196, atendendo às Resoluções 466/2012 e 510/2016, ambas do Conselho Nacional de Saúde. Resultados e Discussão: 151.441 exames de MMG foram realizadas no período estudado, 50,16% destes na unidade móvel. No ano de implantação, 2007, a unidade móvel fez 64% do total de exames, sendo ultrapassada nos últimos anos, pela unidade fixa, que realizou 53% dos exames em 2018. A taxa de detecção de câncer de mama variou de 2,37 a 5,2 casos por mil mulheres nos anos de 2007 a 2018, respectivamente, o que significa um acréscimo de 45,57% na referida taxa no período avaliado. O ano de 2013 apresentou a maior elevação com 5,91 casos a cada mil mulheres examinadas. Considerações finais: Atualmente, a unidade fixa realiza pouco mais da metade do total de MMG na instituição, diferente ao que ocorria na implantação do serviço, quando realizava apenas um terço dos exames.  Já a taxa de detecção de câncer de mama dobrou em relação a verificada no primeiro ano de funcionamento da instituição.

 

Publicado

08-04-2024