CATASTROFES NATURAIS NO HAITI
Resumo
O Haiti é um país posicionado no Caribe, sobre duas placas tectônicas, a placado Caribe e a placa Norte Americana. Seu território é atravessado, também, por duas falhas geológicas: a
falha setentrional (Norte) e a falha Enriquillo Plantain Garden
no Sul. Segundo USGS (Unites State Geological Survery), tais falhas geológicas estão se movendo cerca de 10 mm por ano,
fato que provoca, constantemente, inúmeros abalos sísmicos. Em 2010, ocorreu um terremoto de magnitude 7,3 e de intensidade IX (Mercalli) que causou mais de 300.000 mortes, sem considerar outros danos. Epicentro do terremoto estava a cerca de 25 km da capital (Porto Príncipe) e com uma profundidade de 10 km (Robin Lacassin et al., 2013). No mesmo ano, o Chile foi atingido também por um abalo sísmico de magnitude 8,8 acompanhado de um tsunami de 2,34m de altura que fez cerca de 700 mortes (USGS) e, em 2015, foi atingido por outro terremoto de magnitude 8,3, um dos mais fortes do mundo, cujo número de mortes foi de apenas 14 pessoas. Considerando a magnitude que calcula a quantidade de energia liberada no momento de um abalo sísmico,podemos destacar que os terremotos do Chile foram maiores que no Haiti, contudo, causou menos mortes. Quando ocorrem catástrofes dessa magnitude no Haiti, pode - se associar que, para além do desastre natural, há pouco investimento em recursos e tecnologias aplicados em suas estruturas e em políticas de prevenção e suporte ao dano. Nesse sentido, países como Estados Unidos, Chile, Japão, embora localizados sobre fontes de catástrofes naturais, já se prepararam para amenizar os problemas delas decorrentes. Essa comunicação visa apresentar um projeto de pesquisa em elaboração, o qual prevê que, com o desenvolvimento do trabalho investigativo, buscar entender as razões pelas quais ocorreram tantas mortes no Haiti, em decorrência do terremoto de 2010. Assim, como objetivos específicos, a pesquisa buscará: analisar as causas principais de tantos danos infraestruturais e sociais; destacar a gravidade das consequências na falta de prevenção e políticas públicas de remediação dos danos físicos, do sistema de saúde e de apoio social e, por fim; buscar compreender como um fenômeno previsível se torna catastrófico quando não é dada a devida atenção em termos de diretrizes, investimentos e ações de prevenção e proteção social e infraestrutural.